segunda-feira, 27 de julho de 2020

Ausonia

Mais um game conferido em solo mode na pandemia. Ausonia me chamou a atenção por ser um jogo húngaro criado por Zoltán Simon e ilustrado por Balázs Bodnár e Gergely Nagy. Eu, particularmente, adoro tudo que vem da Hungria - logo - fui conferir este título.



Bem, Ausonia é um deck building como qualquer outro da categoria: compra cartinha, joga no monte, descarta cartinha, embaralha de novo e vai fazendo um deck mais completo/poderoso. O que me chamou a atenção foi o modo solo do game (confesso que nunca tinha jogado um deck building em modo solitário). Funciona bem e deixa o jogo interessante.



O modo para um player possui a opção de você escolher um de três vilões para te desafiar. Tem um mecanismo interessante: depois que você joga comprando e ativando cartas, o poder mais à esquerda da mesa ativa as habilidades do inimigo (por exemplo: se a carta mais à esquerda possui como custo uma joia vermelha e uma azul, irá ativar a habilidade azul e a vermelha do vilão).



O game fica interessante porque, além de você ter que gerenciar sua mão, também precisa ficar atento em quais poderes podem ser ativados e te prejudicar.

Achei bom. A arte é bem legal também.

Mais um conferido!

#GoGamers

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Serpent master

A busca por um bom one-player game na pandemia continua. Estou firme na busca! Dessa vez experimentei um abstrato com aquela suave camada temática para gerar uma caixa mais interessante: Serpent Master. De certa maneira, lembra o clássico jogo da cobrinha dos antigos celulares.



Como eu falei, Serpent Master é um game abstrato em sua essência. O desenho da cobra na caixa é mais um apelo estético. É um jogo de 1 a 4 players e eu experimentei a versão solo (que se transforma basicamente em um jogo de puzzle). O objetivo é ir comprando cartas e tentar gerenciar a colocação de peças que vão formar o corpo da serpente. Depois que você coloca todas as peças (se for possível), deve colocar a cabeça da serpente em cima da última peça que colocou.



O grid do jogo varia de 6x6 a 8x8. Em mais de um player o objetivo é ir colocando o maior número de peças travando o caminho do oponente. Joga-se 11 cartas e quem conseguir colocar mais peças no grid ganha.



Está longe de ser um puta jogo solo, mas confesso que joguei umas três partidinhas tentando colocar o maior número de peças. Na versão one-player você compra três cartas e tem que tentar colocar todas as peças.

Ok. Nota 5.

#GoGamers

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Questões de game design e arquitetura de conteúdo

Quem acompanha o Game Analyticz já deve ter lido um post que fiz recentemente falando sobre o lançamento (repaginado) do jogo Master. A Grow Jogos me contratou para criar todo o conteúdo do game – o que significa, em torno, de 2500 perguntas. É difícil? Quanto tempo demora para fazer tudo isso? Você vai fazendo tudo da sua cabeça? Bem, essas são algumas das perguntas que meus alunos me fazem em sala de aula quando eu conto esse case. Aproveitando o tempo da pandemia, aproveitei para escrever esse texto mais longo sobre produção nacional de jogos e espero que ajude os aspirantes que querem entrar nesse mercado. =)



Muitas vezes o charme de fazer um jogo é concentrar esforços no game design, concepção das regras, prototipação e dinâmicas entre os players. É um trabalho bem legal mesmo e, confesso, que – dentro da área de games – é o que eu mais gosto de fazer. No entanto, o mercado de games (especialmente o brasileiro) não é feito só de game design. Uma boa parte do mercado é formada de produção de conteúdo – tanto em jogos analógicos quanto em digitais.

Nesse post vou contar um pouco da arquitetura de conteúdo do jogo Master. Quero dividir um pouco do meu processo de planejamento, mas – gosto de frisar – que é uma maneira minha que uso para fazer este tipo de trabalho.

No caso do Master, para quem não conhece o game, temos uma mecânica de perguntas e respostas no formato de questões abertas e quizzes; quem acerta (entre 6 temas diferentes) anda seu peão no tabuleiro tentando ser o primeiro a terminar o “race to the end”. A mecânica é simples ao extremo, mas a parte complexa do game é a criação de conteúdo. Respondendo ao que lancei no primeiro parágrafo, eu não saio fazendo as perguntas da minha cabeça. Pelo contrário: planejo uma quantidade de questões, o nível de dificuldade entre elas e aí começo a produzir o conteúdo (sempre referenciando uma fonte no material).

Atualmente eu acabei de terminar a produção do Master Entretenimento (a ser lançado brevemente) e vou mostrar um pouco de como estruturei a produção de conteúdo do tema “games” que montava de 500 perguntas:

GRAU DE DIFICULDADE

50% fácil: 250 perguntas
30% médio: 150 perguntas
20% difícil: 100 perguntas

Baseado nesse primeiro input eu estabeleço o que é uma pergunta fácil, o que é uma média e o que é uma difícil. Um exemplo de pergunta fácil: “Qual o nome do irmão do Mario que usa roupa verde?”; um exemplo de pergunta média: “Qual o país de origem do lutador Sagat de Street Fighter?”; um exemplo de pergunta difícil: “Qual marca de energético é consumido pelo personagem principal do game Death Stranding de PS4?”. A partir disso eu crio uma lista de assuntos e vou equilibrando a dificuldade estabelecida entre os temas definidos.

QUANTIDADE DE CONTEÚDO

Games Digitais – Total 400
1ª geração (Pong, MUDs, telejogo etc.): (10)
2ª geração (Atari, Odissey etc.): (30)
4ª geração (SuperNES, Mega Drive etc.): (30)
Mobile games: (30)
Arcades & pinballs: (10)
eSports: (20)
Atualidades (PS, Xbox, Nintendo, lançamentos): (250)

Analógicos – Total 80
Mecânicas/estilos/gêneros de jogos: (13)
Ameritrash e RPG: (10)
Eurogames: (10)
Clássicos (xadrez, damas, truco etc.): (27)
Jogos da Grow: (20)

Consoles; equipamentos; portáteis – Total 20

Deu trabalho trabalhar em dois projetos do Master? Pra caramba. Mas é um aprendizado muito legal. Outra dica importante: se você quer trabalhar com games é importante mostrar versatilidade. Se você, além de projetar games, também cria conteúdo é mais uma porta que se abre para seus contatos, sua carreira e seu portfólio. Ainda mais numa indústria em formação como a brasileira.

Vou aproveitar para postar mais textos desse tipo aqui no Game Analyticz. Espero que ajude a galera interessada. =)

#GoGamers

terça-feira, 14 de julho de 2020

Om Nom Nom

Para quem acompanha o Game Analyticz sabe que eu esto numa maratona em busca de bons jogos para jogar solitariamente. Até agora os resultados foram meio frustrantes; o game “Om Nom Nom” foi o mais ok até agora, mas está longe de ser bom.



Om Nom Nom” é um jogo sobre cadeia predatória. Há três tabuleiros, cada um deles com três linhas que mostram uma cadeira de predadores. Por exemplo: o porco-espinho (no topo), come o sapo (no meio) que come o mosquito (na base).



O gameplay consiste em rolar 15 dados e distribuir no tabuleiro do meio para a base. Daí, cada jogador escolhe uma carta para colocar do meio para cima. As cartas são reveladas e se alguém colocou uma carta única numa posição superior, leva as cartas e dados que estão para baixo.



Na versão solo você joga contra oponentes imaginários comprando as cartas aleatoriamente a cada rodada. É muito rápido e enjoativo. Vamos que vamos na busca por algo simples, rápido e legal.

#GoGamers

domingo, 12 de julho de 2020

Are you a human?

Bom, eu continuo na busca de jogos solo para esta triste época de pandemia/quarentena. Tá difícil de juntar até amigos no Tabletopia para uma joga online, mas vamos seguindo com uma seleção de jogos com modo solitário. Pelo nome "Are you a human?" prometia, maaaaaaas se mostrou um jogo de memória sem graça.



"Are you a human?" é um jogo com temática futurista de robôs, no entanto, poderia ter qualquer tema. Há uma série de tiles com três informações: uma até quatro desenhos de peças mecânicas de robôs em até três cores possíveis (verde, azul e amarelo). Joga-se de um até quatro jogadores. No início do jogo abre-se um grid de 4x4 peças para cima e depois de um minuto todas são viradas para baixo.



Em sua vez, um jogador deve nomear o máximo de infos possíveis na peça. Se o player falar "são três baterias vermelhas" e acerta, ganha 6 pontos. Se fala "são duas baterias" e acerta, ganha 3 pontos. Se fala "esta carta é amarela" e acerta, ganha um ponto. Ou seja, você ganha de 1 a 6 pontos dependendo do tanto de características que acerta da peça. Se erra um dos elementos, não ganha ponto e carta fica aberta.

É pra jogar uma vez e pronto. Eu adoro jogos com elementos de memória, mas esse é bem passável.

#GoGamers

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Crystallo

Bom, enquanto não acaba essa quarentena/pandemia e fica difícil até de reunir os amigos no tabletopia o negócio é apelas para os "solo games". Nada contra não. Me divirto bastante com jogos feitos para um player jogar sozinho ou jogos que tenham um modo solo bem desenhado. Nos idos de 2013, por exemplo, joguei muito o Friday (que gosto até hoje de pegar para brincar de vez em quando). Essa semana peguei o Crystallo para experimentar; ele é feito para ser jogado sozinho, possui uma arte interessante e uns marcadores de cristais bem bacanas. No entanto, o jogo não me agradou muito.



Crystallo é daqueles jogos abstratos que colocam um sutil verniz temático. Você é um aventureiro tentando libertar criaturas mágicas de uma cavera. Na primeira parte do game você deve separar 7 cartas do deck e colocar de lado. Com as 35 restantes vcocê vai utilizando um sisteminha de puzzle para usar os desenhos de cristais nas cartas para "aprisionar" as orbes referentes a cada criatura mística. Sempre que uma orbe é aprisionada no deck de cartas, um marcador de cristal é removido da carta da criatura. Quando todos os cristais foram removidos, a criatura está livre.



A segunda parte do game é jogada se você conseguiu libertar todas criaturas místicas. Daí você pega as nove cartas que separou no início do jogo e tenta derrotar o dragão. No entanto, é bem difícil. Eu entendo que a lógicas de jogos solo (especialmente de puzzles) é a de jogar repetidas vezes, mas achei que Crystallo peca nesse aspecto. Outro ponto que achei difícil de entender é como se dá a sobreposição e encaixe das cartas. Para mim fica visualmente confuso o lance de colocar cartas sobrepostas e outras encaixadas horizontalmente/verticalmente (ainda acho que cartas quadradas poderiam ter resolvido a parada).



Gostei de jogar, de toda maneira. Fazia tempo que não pegava um solo game para "estudar" com calma. Pelo andar da carruagem, julho vai ser mês de jogar muitos dessa categoria. Seguimos em casa.

#GoGamers

quinta-feira, 2 de julho de 2020

GAME ANALYTICZ tá vivo?

Opa! Sim! Só que na pandemia o site está meio entubado e vivendo com aparelhos. =)

Espero brevemente ter mais conteúdo para postar (esse final de semana estou organizando uma joga via TableTopia), mas está complicado conhecer novos jogos nesse momento merdoso que vivemos.

Não deixem de acompanhar e não percam a fé! Para quem curte o meu conteúdo, tem bastante coisa para ler sobre game design no GAMING CONCEPTZ.

Vamos que vamos!

#GoGamers