sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mais uma edição do Curso de GAmes completada!

Terminou agorinha a quinta edição do meu curso de férias na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) de Estratégia de Games para Comunicação e Marketing. A turma foi nota 10 e espero que possamos manter contato! Grande obrigado e que venham as próximas!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Aula Miami Ad School com boardgames

No mês de julho fui convidado pelo Prof. Paulo André Bione para lecionar a matéria GAMES na Miami Advertising School/ESPM. Não precisa nem falar que topei no ato. É genial. São 11 semanas com aulas de 3 horas onde vamos discutir desde prototipação de boards, passando por estratégias de advergames até criação de ARGs.

King me!

A semana passada tivemos a segunda aula onde apresentei os jogos modernos/euro games para a galera. A turma curtiu bastante e eu procurei levar mecânicas bem distintas e pouco complexas.

Château Roquefort

Levei o Carcassonne para exemplificar tile placement, Château Roquefort para analisar elementos de design estrutural, King Me para mostrar votação e blefe, YINSH para pontuar um exemplo abstrato e de quebra mostrei Red November e Lupus in Tavola para fecharmos com elementos participativos coletivos.

Carcassonne.

O grande objetivo da aula era apresentar ao aluno conceitos de mecânica que vão além dos tradicionais “Banco Imobiliário”, “War” e “Jogo da Vida”. Referenciar o aluno com os “Euro Games” para despertar novos horizontes de criação.

YINSH

A partir disso, espero ampliar o know how deles para criações mais sofisticadas, não importa a plataforma.

É isso aí! Na aula do Prof. Vince tem boardgame. Nerd Power!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Through the Ages

E o GAME ANALYTICZ chega no seu 500º post! Pra comemorar, tinha que ser um jogaço de alto nível. Tem alguns títulos que são verdadeiras aulas de gameplay. Through the Ages se enquadra nessa categoria. É um excelente civilization game que conseguiu de uma maneira relativamente simples criar uma ambientação de movimentação de eras de uma maneira genial.

Só se usa cards, marcadores de madeira e um tabuleiro de apoio. Cada player deve gerir sua civilização “comprando” líderes (figuras históricas reais), equipando sua força militar e alocando seus trabalhadores para conseguir recursos.

Uma fileira de cartas que vão sendo reveladas em eras vão dando a continuidade temporal ao game, pois conforme vão sendo compradas, novas vão sendo exibidas e formando a linha do tempo.

Pela quantidade de tipos de recursos, o jogo permite uma quantidade infinita de possibilidades estratégicas. E com um detalhe interessante: de uma hora para outra, se você trocar seu líder pode mudar totalmente o seu jogo.

Tem um trabalho de pesquisa fantástico esse título, porém pecou um pouco no design dos componentes, o que acaba interferindo pouco devido à excelente mecânica. Joga-se de 2 a 4, mas prepare-se: é jogo para mais de 3 horas.

Mais um bom título apresentado pelo Tola. Imagens do BGG.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Conquest of the Fallen Lands

Esse foi um título que o Stein nos apresentou na última Euroliga. Conquest of the Fallen Lands é um jogo russo bem interessante, rápido e com uma dinâmica estratégica e gameplay bem legais.

Cada player lidera um exército numa terra de temática medieval fantástica. O objetivo é ir livrando o reino de perigos que foram surgindo, para isso cada jogador deve conseguir entrar nos tiles do tabuleiro com um poder de ataque igual ou maior.

O grande barato do jogo é que conforme cada exército vai sendo posicionado no tabuleiro outros players podem pegar ajuda deles. Às vezes um jogador conquista um terreno de 3 pontos e acaba ajudando um oponente a conquistar um de maior valor que estava ao lado. Então, o game também tem um sentido colaborativo.

Os componentes são bem legais e o game é bem diferente e bem intuitivo, na primeira jogada você já pega a jogabilidade e sai criando estratégias.

Imagens do BGG.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Stone Age

Esse fazia tempo que eu estava pra jogar, mas sempre aparecia algum contratempo. Finalmente o Tola nos apresentou esse excelente game de alocação de trabalhadores na última Euroliga. De cara, primeiro ponto forte do jogo: design muito legal e pack de peças muito bem feitas (esse aqui vem com cavemeeples).

Em Stone Age, os players são tribos lutando para evoluir na idade da pedra. O tabuleiro é grande e cheio de opções onde cada um pode alocar seus “cavemen”. Logicamente as opções são maiores que o número de pontos de alocação e algumas são extremamente limitadas.

Os jogadores podem escolher procriar (para aumentar o número de trabalhadores), pegar madeiro, ferro, ouro, barro, fazer uma construção, evoluir plantações, descobrir a escrita, etc. No final de cada rodada deve-se ter comida pra alimentar todo mundo da sua tribo.

É incrivelmente dinâmico, com um gameplay bem gostoso e estratégico. Não é nada complicado e foi outro que entrou na wishlist.

Imagens do BGG.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Dia de criação e prototipação

Essa semana me juntei ao Fábio Tola para um dia de criação de mecânicas de card games. Estamos criando uma série de gameplays baseados em jogos consagrados de baralho unindo diferencias bacanas e temáticas divertidas. O primeiro que saiu é esse que vocês veem a seguir:

Não deu pra entender nada, né? Pois é que ainda está na fase de protótipo no papel de pão, mas é um card game de piratas. E atenção aos frequentadores da Ludus: brevemente iremos realizar um playteste desse primeiro jogo lá. Quem se habilita? Hár!

Ahhh! E já que o Tola não atualiza o blog dele, quem quiser seguir o barbudo no twitter basta seguir o @ftola. E para quem quiser me adicionar basta seguir o @vincevader.

Szia!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

PÜNCT

Há uns meses atrás falei de um jogo maravilhoso chamado YINSH. O YINSH faz parte de uma série intitulada “GIPF Project”, uma coleção de games abstratos; conferi recentemente outro título dessa série bem legal: o PÜNCT.

Assim como o YINSH tem uma mecânica que lembra um pouco “damas”, o PÜNCT é baseado no jogo “hex”. Cada player tem uma série de peças triangulares, curvas e retas que deve ir posicionando no tabuleiro fazendo com que dois lados opostos fiquem com um caminho contínuo de peças.

O grande “pulo do gato” do game está no fato de que você pode mudar peças de lugar e/ou sobrepor as mesmas, isso acaba conferindo um nível de estratégia fodido pra esse título.

Mais um que entrou na wishlist (eu vou falir se comprar tudo que está nela). Agradecimentos ao Tola que apresentou esse título fabuloso.

Imagens do BGG.

domingo, 12 de julho de 2009

Lost Cities Board Game

Primeira impressão do game: não gostei. Sério. É difícil eu não gostar de um game, mas esse aqui não teve como. Eu gosto bastante do card game para duas pessoas do Lost Cities, mas o board game não desceu.

Explico. Achei que ficou um grande remendo de mecânica do card game original para comportar mais duas pessoas. Achei que o layout piorou da versão card, também. A jogabilidade de pegar cartas descartadas piorou bastante e eu achei que o uso de tiles com “poderes” no tabuleiro deu uma descaracterizada no game.

Em quatro pessoas ele acaba ficando mais longo do que deveria e como ele é meio repetitivo acaba ficando chato. Continuo feliz da vida com meu Lost Cities Card Game e com certeza vou passar longe de comprar esse (e o irmão gêmeo dele, o Keltis).

Imagens do BGG.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cuso de Férias ESPM: Estratégia de Games para Comunicação e Marketing

Acontece do dia 29 a 31 de julho a quinta edição do meu curso de férias na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Para quem quiser mais informações basta clicar aqui ou na imagem a seguir para acessar o site com todos os dados do curso.

Board James analisa o fracassado Dragon Strike

É isso aí, o famigerado Angry Videogame Nerd criou um novo personagem: Board James. Ele analisa jogos de tabuleiro bizarros e logo de cara pegou o Dungeon Strike da série Dungeons & Dragons de vítima.



O legal é que um amigo meu tinha esse jogo e mesmo crianças a gente achava ridículo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Java

Outro bom game que o Don Formiga me apresentou recentemente, que faz parte de uma série, junto com o Tikal e o Mexica. Java é um jogo de point action, onde a cada rodada os players tem um número de ações pré-determinadas e pontos para gastar nelas.

O cenário é a ilha de Java e o objetivo é ir desbravando seu território construindo plantações, cidades e canais de irrigação. Seguindo a linha dos demais games da série, nesse aqui você também empilha tiles e aloca seus trabalhadores para os locais mais altos para ganhar soberania nos territórios.

O layout e a arte são bem interessantes, o pack de componentes também é portentoso com cartas, tiles e cubinhos. Gostei bastante e estou pesquisando a possibilidade de adquirir um.

Imagens do BGG.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Guia rápido de construção de protótipos de jogos – parte 1

Faz tempo que eu estou planejando para escrever uma série de posts sobre construção de protótipos, mas nunca dá certo. Agora vai! Pretendo apresentar aqui algumas dicas e ideias de como eu monto os meus protótipos de games e já convido todos os leitores para participarem e também mandarem suas metodologias de criação e produção para futuros posts.

Vou falar hoje sobre dois itens: o pré-protótipo e montagem de cards protótipo.

O Pré-Protótipo

Algumas pessoas tem uma ideia para um game e já vão direto para o computador. Começam a se preocupar com arte-final e deixam a mecânica um pouco de lado. Recomendo, antes de tudo, criar um pré-protótipo; ou como costumo chamar “prototipão” (protótipo no papel de pão).

Use papel e canetinha mesmo, não tem problema ficar tosco. Aqui estamos prezando a jogabilidade para depois pensar em layout. Teste bastante para achar erros e só depois que estiver com uma mecânica fechadinha parta para a construção do protótipo final.

Montando cards para protótipos

Eu consegui uns resultados bens felizes montando cards para protótipos. Todo mundo que viu, gostou bastante. Vou contar como eu os faço.

Normalmente monto no Illustrator (se for um card vetorizado) ou no Photoshop (quando vai usar foto e textura) em 300 dpi de resolução, escala CMYK. Como referência de tamanho uso os cards de magic ou de jogos da Rio Grande, que gera um arquivo de 6,4 x 8,9 cm.

Eu costumo imprimir em impressora à laser, normalmente já levo um arquivo em formato A3 com várias cartas frente e verso. Depois faço o seguinte: recorto as bordas da folha da frente e da folha de verso e colo um sulfite de gramatura 150g entre elas. Veja o diagrama abaixo.

Eu uso cola spray que não deixa bolha e permite reposicionar o papel sem estragar se alguma coisa ficar torta.

Para finalizar, sempre embalo os cards em deck protector. Pois, se você vai embaralhar depois, corre o risco de desmontar. Eu deixo os meus cards com canto quadrado, mas se você quer caprichar mesmo pode comprar uma “cantoneira” para fazer bordas redondas no material.

É isso aí. Espero que tenham gostado. No próximo post vou falar sobre montagem de tabuleiros para protótipos. Szia!