segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Jenga

Lembra do saudoso TORREMOTO? Jogo onde você ia tirando peças de madeira de uma torre e re-empilhando até cair? Pois então, Jenga é a mesma coisa.
É o típico jogo pra jogar em família ou bebendo com amigos. Pode funcionar de duas maneiras: jogar pra torre cair rápido ou em modo cooperativo tentando empilhar o mais alto possível.

A versão original é da Hasbro, mas aqui no Brasil é lançado pela Grow.

Munchkin

Esse card game é uma criação de Steve Jackson - o mesmo cara do GURPS - que tem uma temática interessante: satirizar jogadores de RPG.



É simples e com design bem pobre, mas é bem divertido, principalmente para jogar de 3ou mais jogadores. O jogo simula uma aventura em um Dungeon, cada jogador vai abrindo portas e deve enfrentar os monstros, garimpar tesouros e ferrar a vida do adversário. Para isso, compra-se cartas de duas pilhas distintas que são o material do game.

O jogo original satiriza RPGs medievais como D&D, mas já saíram expansões que vão na cola de temáticas espaciais, vampiros e afins. Algumas cartinhas são de um humor meio forçado, mas no geral as referências agradam os true nerds de RPG.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Settlers of catan

Um jogo genial da Mayfair Games para 3 a 4 players. É um Civilization Game, ou seja um jogo de conquista e evolução de territórios.

Cada jogador interpreta um conquistador que está explorando a ilha de Catan e deve usar os recursos naturais do local, como madeira, minério, barro, etc. para construir estradas, vilas, portos e cidades.

Settlers of Catan mistura elementos de "Age of Empires" com a dinâmica de um jogo de tabuleiro. Além da estratégia, cada jogador depende de um fator de sorte grande para rolagens de dados que definem quanto de recurso cada um terá disponível para gastar.

É um jogo para quase duas ou mais por partida. Tem um design gráfico simples que é compensado pelo alto grau estratégico. Vale a pena jogar. Para quem interessar, tem disponível no Ludus.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Shadows Over Camelot

Jogo fantástico da "Days of Wonder Games" que conferi semana passada. O jogo consiste de um mega ambiente com missões, isso mesmo, nesse game os players jogam de modo cooperativo contra o tabuleiro.


Cada jogador assume o papel de um cavaleiro da Távola Redonda que deve proteger Camelot. Durante a defesa das fronteiras, os players ainda devem deter invasões normandas/saxãs e tentar recuperar o Santo Graal. Cada personagem detém um poder especial que deve ser usado em sinergia com os demais, o jogo incentiva um role playing pra ficar mais interessante.


Além dos perigos aleatórios que o tabuleiro gera no jogo, há ainda um traidor entre os players, que deverá tentar destruir o reino do Rei Arthur de maneira sorrateira.

A dinâmica é muito boa com um nível razoável de complexidade de regras. Jogo que vale a pena perder umas duas horinhas!

domingo, 16 de dezembro de 2007

King Me!

Esse jogo é mais uma parceria da Mayfair com a Da Vinci Games. Simples, rápido e intuitivo, o game simula um castelo cujo rei está morrendo e cada jogador deve tentar colocar outro governante no poder.

O legal é que pode ser desde um monge até um faxineiro do castelo. Com Design simpático e regras rápidas é o tipo de jogo pra ter em casa e jogar informalmente entre amigos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Carcassone

Um dos melhores jogos de tabuleiro que joguei até hoje. Aliás, demorei pra fazer uma merecida resenha dessa obra-prima dos board games. É uma produção da Rio Grande Games para 2 a 5 jogadores que simula a construção de uma comunidade ao redor da cidade de Carcassone, localizada no sul da frança.


O jogo faturou os seguintes prêmios: Spiel des Jahres 2001, Deutscher SpielePre 2001, Best Family Game Games Magazine 2002 e Best General Strategy Gamers Choice awards 2002.



Carcassone é um jogo de tiles, onde o tabuleiro/cenário vai sendo composto mediante o sorteio aleatória das peças que vão se encaixando e ganhando forma. Divertido e rápido de aprender, inicialmente parece um jogo de sorte, mas tem uma estratégia muito sutil que aos poucos você vai aprendendo a dominar.

Já foram lançadas algumas expansões para o jogo inclusive uma que os jogadores tem que construir o interior de um castelo. Esse é um jogo que vale a pena comprar, pois agrada todo tipo de player.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Amazonas

Mais um jogo da Mayfair Games criado pelo game designer Stefan Dorra. Amazonas é um jogo de tabuleiro para ser jogado de 3 a 4 players e que os leva para o século 19, onde cada um interpreta um explorador em busca de plantas e animais raros (leia-se contrabando).

Os jogadores exploram picadas e rios no meio do tabuleiro de floresta, marcando pontos quando conseguem fazer caminhos interligados de uma vila até outra. A estratégia está em usar bem os recursos de dinheiro e tentar fazer o máximo de "combos" usando cartas de indíos, animais e plantas iguais.
Achei o jogo bem mediano, as peças, no geral são bonitinhas, mas o sistema de regras é meio cansativo. Talvez por ter jogado o "Betrayal on the house at the hill" antes eu tenha achado esse pouco convidativo, mas se você é fã desse tipo de temática, experimente. Joguei, pra variar, na Ludus.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Aula-palestra de games na PUC

Hora do jabá. Acabei de chegar da PUC, mais precisamente da pós-graduação em jornalismo, onde fui fazer uma palestra sobre "Games como ferramenta de comunicação".

Dei uma passada geral em conceitos de Advergames, Serious Games e Alternate Reality Games, porém acabei falando muito sobre jogos tradicionais e de tabuleiro também. Foram quase 3 horas de um bate-papo bem legal.


Queria agradecer à turma que presenciou o evento e ao meu amigo e ex-professor Cláudio Andrade que fez o convite.

BANG!

Este jogo é uma parceria da Da Vinci Games com a Mayfair Games. É um card game que simula um faroeste italiano e é o típico jogo que fica mais legal quando jogado em várias pessoas (até sete).
Cada um faz o papel de um personagem de velho-oeste, com o decorrer das jogadas alianças devem ser feitas entre os personagens: bandidos tem que se aliar contra o xerife e mocinhos devem se aliar contra os vilões. O interessante do jogo é que ninguém sabe o que o outro é, o grande lance é ir observando quem cada um está atacando ou como cada um está agindo para fazer as jogadas mais estratégicas.

As regras são simples e a complexidade do game se desenrola com regras e eventos das cartas. um ponto alto é que ele estimula, de alguma maneira, o roleplaying quando as pessoas entram no clima da brincadeira. Cada jogador monta uma mesa onde vai revelando armas e eventos, a cada rodada novas cartas são compradas e a dinâmica aumenta.

As cartas vem em italiano com tradução em inglês e recriam o melhor dos elementos do faroeste: cerveja, garruchas, indíos, brigas no saloon e muito mais. Conferi esse há algumas semanas atrás e gostei bastante, não entrou pra lista de favoritos, mas a diversão é garantida.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Thurn and Taxis

Mais um que acabei de experimentar no Ludus por indicação do Fábio. Jogo fabuloso. Nota 10. Elegante e estratégico sutilmente (nossa... agora pareceu análise de vinho).

O Thurn and Taxis é um game pra 2 a 4 jogadores da Rio Grande Games, onde você interpreta uma família alemã que está integrando cidades do país e da região em uma "teia" de comunicação via correios.

Cada jogador deve traçar uma linha entre cidades e construir postos de correspondência. O grande lance do game é usar o "poder" de cada um dos colonizadores que pode facilitar ou alterar toda a mecânica.

Viciante, com regras simples e bem elaboradas esse é um jogo que quero jogar mais vezes.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Pirates

Hoje vou falar de um dos meus jogos favoritos: Pirates da Wizkids. Ele é categorizado como um pocketmodel card game, ou seja, são cartas que quando montadas assumem um formato 3D.

É isso mesmo que você leu. Imagine que você "desmonta" peças 2D de uma carta de papel resinado, as encaixa e elas viram um barco. Pois é, isso é Pirates.

A primeira série saiu em 2005 e era o "Pirates of the Spanish Main". A genialidade do jogo é que tudo que você precisa vem em um booster: barcos, ilha, tesouro, regras e até um mini-dado de 6 lados. A mecânica é relativamente simples: você movimenta o barco e tenta deixá-lo em linha de tiro com um oponente, rola um dado e checa o acerto, se acertou vai removendo mastros da embarcação até ela afundar.

O jogo ganhou muitos adeptos e 9 coleções já foram lançadas, a mais recente é baseada no filme "Piratas do Caribe".

Além dos barcos, também há mostros marinhos que você monta e cartas de capitães para aumentar o poder da sua frota. O ponto alto do jogo é a "engenharia" e arte das peças, o ponto fraco é que ele não usa tabuleiro, você movimenta a peça com uma espécie de régua, o que acaba criando um movimento pouco preciso que às vezes influencia uma jogada de ataque.

Recentemente foi lançado um pocketmodel game similar ao Pirates só que de naves de Star Wars, esse eu ainda não joguei, mas estou esperando a chance de comprar uns boosters para ver como funciona.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Dreamblade

Dreamblade, é um jogo de miniaturas da Wizards of the Coast, foi projetado para ser o "Magic das miniaturas", com o alto nível de estratégia e a competitividade, Dreamblade pode ser considerado um jogo de xadrez do mundo dos sonhos. Extremamente tático e altamente viciante, Dreamblade usa um sistema de regras rápido e de complexidade mediana. A ambientação é muito legal: você faz o papel de um "sonhador" que está sonhando enquanto seu cérebro produz criaturas fantásticas para duelarem no campo dos sonhos. Comprei o Starter Set e um booster de Baxar´s War, já deu material suficiente pra se divertir.

O fato do jogo ocorrer no mundo onírico dá liberdade para criação de qualquer tipo de personagem, mistura-se elfos arqueiros com anjos com zumbis armados de metralhadoras(!).

O jogo sempre acontece sobre um mesmo tabuleiro, o que muda são os exércitos de miniaturas. Você controla criaturas 4 facções diferentes: valor, medo, loucura e paixão usando energias psíquicas para criar os seres que você controla nas batalhas.

O objetivo principal, além de confrontar seus oponentes é rumar ao Dreamscape.

As miniaturas são lindas e o jogo usa um set de dados de 6 lados especial com ícones próprios para a partida. Algumas expansões já foram lançadas algumas expansões, mas rumores indicam que o jogo irá parar de ser fabricado.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Betrayal at The House on The Hill

"Construa uma casa de filme de terror. Peça por peça." Esse é o mote principal de Betrayal at the House on The Hill, jogo temático de suspense da Avalon Hill (Wizards of The Coast) que tive oportunidade de jogar ontem na Ludus.

O jogo é um tile game de altíssima qualidade, e justamente por ser um jogo de tabuleriro "mutante", um game nunca é igual a outro. Você pode jogar com 12 personagens diferentes, cada um assume protótipos de velhos filmes de terror: o padre, o cientista louco, a velha, a cigana, a criança macabra, etc. Os inimigos? Monstros lendários, assombrações, armadilhas e... seus amigos.

Tudo começa em um mini-tabuleiro que vai crescendo com outras peças conforme os jogadores vão abrindo portas. Cada porta aberta revela um item, um evento misterioso ou uma premonição. Conforme a aventura avança, os jogadores vão sendo atormentados por espíritos, demônios e maldições, até que um se transforma em um traidor. A partir desse ponto os objetivos mudam, o traidor assume uma missão e os perseguidos outra diferente.

O design é excelente. Destaque para as miniaturas dos personagens. Jogo de dificuldade média-alta, mas genial em ambientação, concepção e jogabilidade.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Blokus

Eu chamei esse aqui de Tetris de mesa. Blokus é um jogo abstrato de estratégia para 2 a 4 players, foi inventado pelo engenheiro Bernard Tavitian e publicado em 2000 pela Sekkoia company.


É um jogo premiado, já faturou o "Mensa Select award" e o "Teacher's Choice Award".

A mecânica é muito simples e viciante. Cada jogador tem um número de peças que devem ser colocadas uma a uma no tabuleiro, com um detalhe: as peças só podem ser encaixadas umas nas outras através de suas quinas; ou seja, uma hora o espaço vai acabando e ganha o jogador que tiver menos peças na mão.


O sucesso da versão original já garantiu algumas expansões para a série:

•Blokus Trigon
Similar ao original, porém, jogado em tabuleiro hexagonal com peças triangulares.

•Blokus Giant
Igual o original, mas com peças maiores.

Existe uma versão on-line que reproduz fielmente o jogo e você pode jogar contra players do mundo todo, o endereço é http://www.blokus.com/online-game/

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Attacktix

Esse eu ganhei de presente de aniversário do Yuri, meu afilhado, esse ano. Imagine um jogo que você joga em cima de qualquer mesa e cujo objetivo é derrubar, no sentido literal da palavra, as peças do seu oponente. Isso é Attacktix, fabricado pela Hasbro, já possui coleções temáticas de Star Wars (o que eu ganhei), Transformers e Marvel Heroes.

A mecânica é simples, você monta um time baseado em pontos, seguindo o padrão de jogos de miniaturas (personagens com "disparo" melhor são mais caros). Cada jogador coloca os exércitos em lados opostos da mesa e começa a movimentação.

Cada peça tem um pequeno dial na base que quando vc movimenta a miniatura faz com que ele faça um barulho (um tik, daí o nome do jogo). Uma miniatura com movimento 6, por exemplo, deve ser movimentada até fazer 6 barulhinhos. Quando um jogador tem a miniatura do outro na mira, pode atacar arremessando um projétil (as minis disparam pra valer) ou dando uma porrada com arma sem ser de disparo.

É divertido e o grande incentivo é que você misture tudo: Rebeldes x Decepticons, Império X Autobos, etc. Só não é muito aconselhável para crianças pequenas, pois o "tiro" das miniaturas pode causar alguns "danos agravados".

TransAmerica

Mais um que experimentei no Ludus publicado pela Rio Grande Games. Jogo para 2 a 6 players, rápido, intuitivo, viciante e para todas as idades.


A brincadeira se passa nos Estados Unidos do século 19. As linhas de trem estão sendo construídas por todo território e o objetivo aqui é preencher o mapa com o maior número delas. Cada jogador recebe, no ínicio da partida, cinco cartas com cores diferentes que possuem 5 cidades do território americano. Quem conseguir ligar as 5 cidades primeiro com uma linha de trem ganha o jogo. O complicador aparece quando as linhas se cruzam, pois aí elas viram uma só e os oponentes podem acabar se ajudando.

O tabuleiro, peças e cartas, pra variar, mereciam um tratamento melhor, mas isso não interfere na experiência do jogo.


Para conhecer mais e comprar, clique aqui.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Dica de livro: Rules of Play

Jogos de tabuleiro, cartas, eletrônicos, infantis, esportivos, não importa qual sua praia de game, essa é uma bibliografia fundamental sobre o assunto, e o melhor: saiu entre 2006 e 2007, é super atualizado. De Katie Dalen e Eric Zimmerman, o livro trata dos fundamentos de game design, história dos jogos, game cultura e muito, muito mais.

E segue o texto da contracapa que explica bem melhor do que se trata: As pop culture, games are as important as film or television - but game design has yet to develop a theoretical framework or critical vocabulary. In 'Rules of play', Katie Salen and Eric Zimmerman offer a unified model for looking at all kinds of games, from board games and sports to computer and video games. As active participants in game culture, the authors have written 'Rules of play' as a catalyst for innovation, filled with new concepts, strategies, and methodologies for creating and understanding games. Building an aesthetics of interactive systems, Salen and Zimmerman define core concepts like 'play', 'design', and 'interactivity'. They look at games through a series of eighteen 'game design schemas', or conceptual frameworks, including games as systems of emergence and information, as contexts for social play, as a storytelling medium, and as sites of cultural resistance.

Para comprar, clique aqui.

Duelo de Águias

Esse é genial. Não. Genial é pouco, é do car@l#o! Duelo de Águias é um livro-jogo que simula um combate aéreo da segunda guerra. Feito para dois jogadores e assinado por Alfred Leonardi. Foi editado aqui no Brasil pela Grow em 1984, porém lá fora foi publicado em 1980 pela Nova Game Designs.


O pacote inclui dois livros, cada um para um jogador (eixo e aliados). Cada página do livro é marcada com uma imagem de uma manobra aérea, cada jogador deve escolher qual vai fazer e informar o oponente, um rápido cálculo matemárico é feito e pronto! Um número surge, é o número da página que os players devem ir juntos, aí checam quem acertou e quem errou pela figura.

A mecânica é muito boa, pois cada jogador tem a visão perfeita de dentro da cabine do avião, então se você jogar um do lado do outro sempre vai ver com perfeição um avião mirando o outro. É uma matemática perfeita.


Agora o detalhe mais legal desse game é que originalmente ele foi concebido para ser jogado via telefone pelos players. Em uma época em que nem se sonhava com jogo on-line, surgia esse primeiro passo.

Aqui no Brasil o jogo não engrenou, mas lá fora saíram várias expansões. Para conhecê-las e saber mais desse game, clique aqui.

Warlord

Sabe aquele game que você não dá nada, mas quando pega pra jogar vicia? Esse foi meu caso com Warlord Card Game, fabricado pela Alderac Entertainment Group.

Warlord é voltado mais para o jogador de RPG do que para o tradicional jogador de cardgame, é um jogo de cartas colecionáveis para duas ou mais pessoas, que assumem o manto de poderosos senhores da guerra controlando exércitos para dominar um mundo medieval. Hummm, meio parecido com a ambientação do Magic, não é? Bem, sim. O jogo teve que se diferenciar em mecânica pra não cair numa mera cópia do pai dos card games, e isso é o ponto forte dele.

O jogo usa sistema D20 para combate e a estratégia principal é baseada em montar fileiras com os cards para atacar o inimigo na parede de escudos da frente ou com ataques de longa distância (flechas, magia, etc.) das fileiras de trás. O fato de usar um D20 nos combates dá uma boa aleatoriedade ao jogo e deixa a dinâmica mais disputada.

Ele lembra o Anachronism em termos de posicionamento dos cards em um espaço de fileiras e colunas, só que aqui você usa um baralho inteiro.

O jogo é rápido, as regras são de dificuldade média (quem já jogou Magic, entende Warlord de prima) e tem um adendo genial: além do starter pack com 50 cartas, ainda foram lançados boosters com times fechados, você compra e já vem um army prontinho pra sair jogando. Ideal pra quem quer experimentar sem ter que comprar muito material.

Clout Fantasy

Há um ano atrás, mais ou menos, dei uma passada no quiosque da Terramédia do Shopping Santa Cruz e comecei a olhar com calma todos os boosters de todos os jogos colecionáveis que eles tinham na vitrine. Uma caixinha me chamou atenção: "Clout Fantasy - collectible throwing game". O jogo não tinha cards e nem miniaturas, apenas fichas similares às de pôker. Levei um booster e mais tarde voltei pra pegar o set básico.


Clout Fantasy, segundo seu game designer Jesper Myrfors é o primeiro jogo de arremesso colecionável. O jogo foi lançado pela Hidden City Games e é composto de fichas muito parecidas com as de pôker, ilustradas por artistas diferentes. O jogo simula uma batalha em um campo de guerra entre exércitos inimigos. Você pode optar por montar um army de centauros, elfos, goblins ou mortos-vivos.

O game une estratégia com habilidade física, pois cada jogador tem que arremessar, literalmente, suas fichas em uma mesa e medir com uma fita a distância entre inimigos e comandantes para resultar nas jogadas vencedoras. Sim, em Clout Fantasy as fichas (com valores diferentes) são lançadas sobre a superfície de jogo, portanto não só é preciso saber quais as melhores fichas para jogar como deve saber lançá-las com perícia, para que cumpram o seu objetivo: defender, atacar, destruir ou controlar!

Apesar de parecer inovador à primeira vista, o jogo não deu muito certo. Em abril de 2007 sua publicação foi cancelada. Particularmente eu achei bem fraco, é o tipo de game que você joga uma vez e na segunda já está cansado. Aqui no Brasil a Devir foi quem trouxe o lançamento. Para quem quiser comprar ou saber mais, clique aqui.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Lost Cities

Mais um jogo da Rio Grande Games editado em parceria com a Kosmos que eu experimentei na Ludus. Lost Cities é um game para duas pessoas cujo objetivo é explorar cinco cidades perdidas. É um jogo conceituado que levou alguns bons prêmios:
•1999 Meeples' Choice Award
•2000 International Gamers Award
•Juego del año en España 2006

O jogo gira em torno do uso de recursos para completar uma expedição rumo a uma cidade perdida. O player que consegue otimizar os investimentos ganha mais pontos e vence, quem não faz progressos nas expedições acaba com o dinheiro e perde.

A mecânica é ligeiramente confusa de início, mas depois fica fácil. Particularmente eu não gostei desse jogo. O design do mini tabuleiro e das cartas deixa muito a desejar, fora o fato de que na terceira rodada o game se torna um pouco repetitivo. Apesar de tudo vale a pena jogar pelo menos uma vez.

ATUALIZAÇÃO: depois de jogar mais algumas vezes passei a gostar muito de LOST CITIES. Até comprei uma cópia para minha coleção. Linkei, por acaso, esse post em outro e reli o que escrevi há 10 anos atrás. Nunca é tarde para jogar novamente os games e ter um novo olhar sobre eles. =) 

Ludus Luderia

Em alguns posts anteriores eu citei a Ludus Luderia (clique e veja o site), um bar temático de jogos da cidade de São Paulo na rua 13 de maio. Bom, foi lá que conheci alguns dos jogos que estou postando análise aqui no blog. Pra quem curte games, esse é lugar ideal. Vai a propaganda e informações do local:

A LUDUS LUDERIA funciona de quarta a domingo
Quarta e Quinta: 18:00 - 24:00
Sexta: 18:00 - 24:00
Sábado: 16:00 - 24:00
Domingo: 16:00 - 23:00

Couvert Lúdico
Quartas e Quintas:
R$ 5,00
Sextas, Sábados e Domingos: R$ 8,00

Horários da CAFETERIA e LOJA:
Terça a Domingo- das10:00 às 20:00hs

Dias de Semana e Happy Hours
A Loja e Café estarão abertos em horário comercial; as áreas de jogos e o Bar abrem a partir das 18h, contando com monitores responsáveis em receber visitantes, ajudar na escolha dos jogos, agrupar mesas, ensinar e tirar dúvidas durante as partidas.
Durante a semana também ocorrerão ligas permanentes e eventos específicos, conforme os interesses das empresas parceiras ou da comunidade de jogadores.

Ludoteca
Há uma ludoteca, com vários jogos nacionais atualmente em catálogo fornecidos pelas empresas parceiras. Uma seleção de 120 jogos importados também estão disponíveis com regras e componentes já traduzidos para o português.

Para os saudosistas a Ludus Luderia também conta com uma boa variedade de jogos nacionais antigos, além de uma variedade de jogos tradicionais e artesanais.

Vale conferir!

Tikal

Tikal é um jogo alemão criado por Wolfgang Kramer e Michael Kiesling. Foi lançado em 1999 na alemanha pela Ravensburger e pela Rio Grande Games em inglês. Ganhou recentemente o trófeu "Germany’s Game of the Year".

Conheci esse título na Ludus, confesso que a caixa não inspirou muita confiança, mas no final acabei curtindo muito o game.

É um jogo de tabuleiro que é categorizado como "Area control". Cada jogador é um chefe de expedição explorando Tikal, uma área em ruínas da civilização maia, atrás de caminhos secretos, templos e tesouros que estão perdidos há mais de 1000 anos.

O design do tabuleiro é bem interessante e a cada rodada os jogadores vão colocando "tiles" para abrir a floresta e achar os templos. A dinâmica do jogo é prática e as regras intuitivas, o arsenal de "pecinhas" que são usadas dão um gosto especial para a brincadeira.


Ganha-se pontos por cada tesouro recuperado e cada templo controlado, porém estes podem mudar de dono no decorrer da partida. A expedição que consegue mais pontos explorando Tikal ganha o jogo.

O jogo comporta de 2 a 4 players e cada partida dura em média de uma hora à uma hora e meia. Para mais detalhes e compra, clique aqui.

Anachronism

"O maior jogo da história", com esse mote o card game Anachronism foi lançado no mercado nos idos de 2005 para 2006. Particularmente eu acho que foi o melhor card game que joguei até hoje.



Anachronism é produzido pela Triking Games em parceria com o History Channel, onde o jogador controla um guerreiro histórico e/ou mitológico, como em um duelo de miniaturas. O fato do jogo ser amparado pelo canal de TV já dá uma certa conotação de advergaming pra ele.

No Brasil o jogo parou na sua segunda edição editada pela Devir, mas já se encontram à venda as demais edições em inglês pela Internet. Cada coleção tem um starter pack com dois guerreiros, tabuleiro, dados e regras, depois você compra boosters pré-setados com 5 cartas. O legal aqui é que você só compra o que interessar e já sabe o que vem no pacote, não fica acumulando repetidas.

O jogo leva esse nome pois o grande barato é você fazer combinações de culturas e épocas diferentes. Imagine o seguinte combate: de um lado da arena está Júlio César usando uma katana, trajando uma armadura egípcia e guiado pelo deus Thor; do outro lado está Joana D´Arc, empunhando uma espada turca, equipada com um escudo espanhol e inspirada por uma divindidade indígena-americana. As combinações são infinitas e a diversão garantida.

A mecânica geral é simples e fica mais complexa de acordo com a combinação (combo) que você monta. Cada jogador usa um guerreiro e quatro cartas de apoio que são reveladas no início de cada turno. Os personagens se movimentam em um tabuleiro simples para duelarem.


A genialidade do jogo vem da sua rapidez. Cada partida dura em média cinco minutos, o que faz você esgotar as possibilidades rapidamente e querer comprar mais e mais! Outro ponto forte do card game é a qualidade das cartas, são poucos os jogos que tem o primor gráfico que ele tem.
Apesar de ser um ótimo card game, a oitava coleção dele ainda não foi lançada e boatos dizem que o jogo acabou, o que é uma pena, pois dos últimos lançamentos da categoria esse é um dos melhores.

A Revista Dragão Brasil #121 veio com um Deck grátis cedido pela Triking Games, afim de conseguir novos jogadores para o Card Game, eu mesmo comprei umas 20 revistas pra conseguir novos cards.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Alhambra

Ontem no Ludus Luderia Bar me foi apresentado esse simpático jogo de estratégia: Alhambra - um jogo de Dirk Henn, produzido pela alemã Queen Games. Ganhador do prêmio Spiel des Jahres (Jogo alemão do ano) em 2003.


O jogo ambienta um dos mais ousados projetos espanhóis da idade média: a construção da cidade de Alhambra aos pés das montanhas de Sierra Nevada. A mecânica é baseada na construção de uma cidade usando "tiles" especiais.

Um elemento muito bom no game é a existência de 4 moedas diferentes para a compra de partes para a sua cidade, pois influencia muito qual riqueza você vai acumular afim de completar seu objetivo.

Ganha o jogador que melhor gerenciar os tipos de estruturas e montar o complexo mais seguro.

O ponto alto do jogo é a facilidade de aprender as regras, em poucos minutos você já está pronto para sair jogando. O ponto negativo do jogo é o design do material; as cartas, tabuleiro e tiles que formam a cidade mereciam um tratamento gráfico melhor, mas esse fato não interfere na diversão.

Para uma análise mais detalhada ou compra, clique aqui.

Star Wars Miniatures

Bom, a primeira análise do blog não podia ser outra. Esse é o meu jogo preferido de estratégia: Star Wars Miniatures.


O jogo surgiu no final de 2004 / início de 2005, lançado pela Wizards of The Coast. É um strategy game que usa miniaturas e cartas de status para simular um combate entre dois times. Primeiro ponto alto do jogo é a qualidade das miniaturas, que possuem acabamento de pintura feito à mão (made in China). A mecânica básica é simples e toda baseada no tradicional sistema D20 de RPG, os complicadores chegam quando você começa a combinar efeitos de comando, poderes de força e ataques especiais.

Basicamente você monta um time de 200 pontos (porém isso não é regra), cada miniatura tem um custo que hoje varia de 3 até 86. Quando seu "squad" está pronto ele é colocado no tabuleiro em um lado oposto ao do inimigo. Todas as informações, stats e poderes do personagem estão impressas em uma carta que serve de referência.

Cada jogador deve comandar seu time e derrotar o adversário em partidas que normalmente demoram 50 minutos. O tabuleiro influencia cada jogada, pois paredes, obstáculos terrestres e armadilhas sempre podem mudar a sorte de um lance. O fato do jogo acontecer em tabuleiros que mudam a cada coleção, permite que alguns fãs criem réplicas de cenários em 3D para deixar a experiência mais divertida e imersiva.

Já foram lançadas 8 coleções:

•Rebel Storm
•Clone Strike
•Revenge of the Sith
•Universe
•Champions of the Force
•Bounty Hunters
•Alliance and Empire
•Force Unleashed

Há ainda o "Starship Battles" que recria batalhas de naves, um pacote especial temático "Attack on Endor" e uma caixa especial com uma réplica em escala do "AT-AT".

São mais de 400 miniaturas entre imperiais, rebeldes, siths, fringes, old republic, new republic, mandalorians e yuzzan vong; ou seja, o que não falta é peça para criar boas estratégias. Aliás, pelo fato do jogo se reclicar a cada nova coleção mantém um certo equilíbrio contra times indestrutíveis.

Para quem quiser saber mais, acesse a área de Star Wars no site da Wizards.

O clássico primeiro post de um novo blog

Bem-vindos ao Game Analyticz. O intuito desse blog é fazer análises de jogos não-eletrônicos. Inclua nesse contexto: card games, miniaturas, tile games, jogos de tabuleiro e outros formatos.