quarta-feira, 31 de março de 2010

HECATOMB

HECATOMB é um card game colecionável lançado pela Wizards of the Coast em 2005 que pelo visto não foi muito bem sucedido, pois acabou de ser publicado no ano seguinte; os produtores afirmaram que foi pelo alto custo de produção material do jogo. Enfim, o grande diferencial do game é que ele usa cartas pentagonais de plástico duro e transparente em vez de papel. Muito parecido com o material do card game Gloom.

Em HECATOMB, cada player é um "endbringer" cujo objetivo é destruir o mundo usando criaturas chamadas "abominações". Estas abominações devem ceifar almas para juntar poder e trazer o apocalipse ao planeta. Wow! Por que será que o jogo não deu certo, hein?

O game usa várias mecânicas do Magic, como tapar cartas, usar mana pra invocar criaturas e atacar/bloquear abominações que estão na mesa. O grande diferencial do jogo é que as abominações são construídas empilhando cartas de "minions", como as cartas são transparentes ao empilhá-las você monta uma nova criatura.

Até é interessante e bem ambientado no clima de terror (tem até o CTHULHU e outros conhecidos da literatura Lovecraftiana no game), mas no longo prazo enjoa e é uma ideia que peca por não inovar mais na mecânica. Outro grande problema do jogo é que existe uma cacetada de habilidades e não há texto nas cartas apontando o que cada uma faz, diferente do Magic.

Eu tenho escondido aqui na minha ludoteca dois decks pra brincar de vez em quando, mas pra mim vale mais como uma referência de design que uso pra dar aula.

ATUALIZAÇÃO: por uma grande coincidência, o Sr. Cthulhu está ilustrando este post e o post anterior.

terça-feira, 30 de março de 2010

Horror Clix

Depois dos famigerados jogos de miniaturas Mage knight, Mechwarrior e Heroclix surge aqui no Game Analyticz mais um título da série clix: trata-se do Horror Clix. Na verdade este aqui é um "mais do mesmo" pois as regras são as mesmas do sistema clix, o que muda é só a temática que agora é puxada para personagens de terror.

Pontos que valem a pena ser destacados desse produto: fizeram os aliens, predadores e até mesmo um Cthulhu tamanho família pro jogo, olhem só:

As pecinhas são bonitas e se você não é um fã de clix, no máximo vão servir para decorar sua estante. Apesar de não ser novidade, comprei uns packs pra brincar no início do ano na GAME ZONE no Peru.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Medici

Para começar bem essa semana, posto sobre outro jogaço apresentado pelo amigo Macri numa joga recente. É mais um título com mecânica de leilão assinado pelo Reiner Knizia e ambientado na época das grandes navegações pela Europa. Aliás, os leitores devem ter percebido que temos tido várias aparições do Knizia aqui no blog; realmente, nos últimos tempos tenho jogado vários títulos desse autor.

Em Medici os players comandam barcos (representados por mini tabuleiros individuais) que devem ser preenchidos de produtos e na sequência vendidos no porto. Essa é a primeira parte do game que envolve leilão.

A segunda parte do game é mais estratégica, pois consiste de encher seu barco com o maior número de produtos iguais. Quando se vende mercadorias no porto, ganha-se dinheiro em função das coleções parecidas que você conseguiu fazer, ou seja, a ideia do game é se especializar no maior número de produtos e na hora do leilão conseguir o melhor preço por eles prevendo a compra (e pontos futuros).

O que eu gostei muito nesse jogo é que você usa dinheiro para fazer as apostas, só que dinheiro também são os pontos de vitória. Leve, rápido e bem divertido. Grande título do Knizia que agrada gamers e não gamers com rejogabilidade bem alta.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Hollywood Blockbuster

Game sobre a indústria cinematográfica. Os players são roteiristas tentando produzir seus filmes e ganhar o maior número de prêmios com eles. Para isso devem contratar os melhores diretores, atores, especialistas em efeitos especiais e técnicos de som.

A mecânica básica para que tudo aconteça é um leilão rotativo onde a aposta mais alta ganha e leva o que está sendo oferecido no tabuleiro. O Knizia (autor do jogo) possui um bom histórico de jogos de leilão bons, como o e o Arte Moderna, mas esse aqui eu particularmente achei meio fraquinho. O único ponto positivo da mecânica é que quando um jogador paga, os demais pegam de volta o dinheiro dele, ou seja, a grana sempre rotaciona o tempo todo na mão de todo mundo.

Conforme os players vão comprando atores, sons, efeitos especiais e diretores vão conseguindo completar as cartelinhas que simbolizam os filmes (e o que cada filme precisa pra ir pro cinema). Cartelinha completada é ponto marcado.

Ainda tem a distribuição de prêmios para valorizar mais cada uma das produções e o jogo é todo baseado em paródias de nomes de filmes, atores e diretores famosos.

A arte é bem simplória, mas no geral é divertidinho. E um detalhe interessante: existe um jogo independente que é bem parecido com este, só que você tem que produzir filmes pornôs! Chama Porn Star, eu já imprimi, joguei e resenhei há um tempo atrás aqui no Game Analyticz.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Boardgames com interação eletrônica em 1983

Você é daqueles que pensa que EYE OF JUDGEMENT de Play 3 é uma novidade em termos de integração tabuleiro + digital? Vou te apresentar uma "novidade", então. Em 1983 o videogame ODISSEY já brincava com a possibilidade de criar um boardgame que se desdobrasse de alguma maneira interfaceando o tabuleiro com a TV. Pois é, nos idos de 1983 eram lançados alguns games aqui no Brasil que vinham em grandes caixas de tabuleiro, mas com um cartucho de videogame dentro. A ideia era jogar com dados no tabuleiro amparado pelo recurso visual da TV que oferecia elementos de aleatoriedade e "animações". Essa semana achei um site com edições da revista ODISSEY AVENTURA e lembrei que meu pai tinha um exemplar dessa preciosidade.

É brilhante do ponto de vista de inovação. Você reunia os amigos para uma partida de tabuleiro, mas que oferecia combates, enigmas e textos secretos na tela da televisão. Observem a seguir algumas belas imagens desse produto:



A revista ODISSEY AVENTURA de 1983 descreve de maneira singular esse fenômeno que eu reproduzo a seguir: "Os jogos estratégicos são o mais importante lançamento no mundo dos videogames e só foram possíveis graças à tecnologia do Odissey, que criou o exclusivo teclado alfa-numérico, permitindo a combinação da estratégia dos jogos de tabuleiro com a agilidade e emoção dos jogos eletrônicos. EM BUSCA DOS ANÉIS PERDIDOS, A CONQUISTA DO MUNDO e WALL STREET são os três primeiros lançamentos* desta série inteiramente nova, em termos de conceitos e tecnologia de videogames, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Você vai enfrentar dragões, batalhas no deserto, conquistar países, ou até mesmo transformar-se num gênio das finaças**".

Aliás, um obrigado todo especial aos editores que um dia fizeram essa bela revista e um obrigado especial para quem digitalizou página por página as edições!

*Três primeiros e únicos.
**UAU! MEu sonho de criança! Ser um gênio de finanças!

Khet: The Laser Game

Esse é bem esquisito. Khet é um xadrez que usa peças com espelhos e um laser. Pois é, você posiciona suas peças e dispara o raio (que fica na lateral do tabuleiro) e tenta acertar uma peça do oponente. O game é um trambolho um pouco grande demais, quem está pensando em importar, tome cuidado porque a caixa dele é enorme.

A ideia é boa, faz você pensar bastante, mas não é fácil de visualizar o laser no tabuleiro. A temática é feita em cima de ícones egípcios e o objetivo é acertar com o laser o faraó do oponente.


Joguei para experimentar, mas não me empolguei para jogar de novo. Para explicar melhor, segue um vídeo promocional do game:



Nota: sem animação 3D você só consegue ver onde o laser para. Não se engane achando que é uma cena de Star Wars o jogo. =)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vince na Nintendo World desse mês

A Nintendo World 132, de março, apresenta uma matéria sobre os 30 anos da KONAMI - um dos maiores nomes na indústria dos games - e eu fui um dos convidados para contar qual jogo da empresa mais me marcou nesse tempo que passou. Reproduzo a seguir o trecho que teve até direito a uma foto.

Gracias mais uma vez para a Laura de Paula que escreveu a matéria.

Ilium

Título leve e divertido do autor Reiner Knizia. Os players são arqueologistas com equipes de escavadores buscando relíquias nas ruínas de Ilium (que é outro nome para a cidade de Troia).

A mecânica é muito simples: cada player posiciona seus trabalhadores em caminhos que ligam os sítios arqueológicos em grupos de 1, 2 ou 3; quando um caminho é completado, as riquezas são divididas entre os dois com maior equipe. Ganha quem conseguir mais grupos de riquezas.

O game é daqueles títulos que conseguem ser estratégicos, com grande re-jogabilidade e agradar gamers e não-gamers. A arte é bem legal e os componentes também são caprichados.

Imagens do BGG.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Boggle Slam!

Postzinho rápido pra fechar a semana sobre um recente lançamento da Hasbro aqui no Brasil que joguei recentemente. Boogle Slam! é um cardgame pra família, bem casual e rápido. É jogado com um baralho de 55 cartas que possui letras na frente e no verso.

Os jogadores formam uma palavra de 4 letras na mesa e o restante do baralho é dividido entre todos. O objetivo é ir jogando letras em cima da palavra que está na mesa para formar novas palavras. Quem bate a mão ganha.


É mais um daqueles que entra na categoria de jogos que podem ser usados em sala de aula para Língua Portuguesa juntamente com o Scrabble, o Wörter Würfeln e o Pingo no i. Fica, então, a dica para os educadores que apreciam o uso de jogos em sala de aula.

E bom fim de semana.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Problemas que os games trazem aos lares



Via BGG.

Ultimate Werewolf

Ano passado publiquei aqui no blog uma resenha do clássico Lupus in Tabula (Werewolf), card game de representação de papéis que comporta de 9 a 25 players. Recentemente meu primo adquiriu a versão turbo do game, é o Ultimate Werewolf, que comporta de 5 a 68 players(!).

Você pode sacar o baralho em um avião lotado e entreter todo mundo com essa quantidade de jogadores. Basicamente a brincadeia aqui é a mesma da versão clássica que consiste do grupo de lobisomens tentando matar toda a vila e a vila tentando caçar os lobisomens, porém temos uma série de papéis novos. Antigamente tínhamos os lobisomens, o vidente e os aldeões; agora temos uma porrada de novos personagens, cada um com habilidades distintas.

O game oferece uma série de tipos de jogos montados com poderes específicos com personagens como Apprentice Seer, Aura Seer, Bodyguard, Diseased, Ghost, Hunter, Lycan, Martyr. Estamos tentando juntar pelo menos uns 40 para fazer uma partida teste qualquer dia desses. Quem arrisca? Bem divertido.

Imagens do BGG.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vasco da Gama

Esse boardgame foi um dos grandes lançamentos do final de 2009 e, acreditem, é um jogaço. Por vários motivos, mas além da arte fantástica, ambientação histórica bem refenciada e o capricho dos componentes, ele conseguiu trazer uma inovação de mecânica que há muito não aparecia nos últimos big hits do mercado.

Vasco da Gama é um jogo que utiliza uma mecânica de action points com um pouco de controle de área, ou seja, você usa marcadores de ação (limitados) para conseguir dominar as melhores ações disponíveis no tabuleiro; entre as ações, você pode comprar projetos de caravelas, construir o barco, equipar a nau com tripulação, buscar ajuda de nobres e realizar uma viagem pela costa portuguesa. Deem uma olhada no belíssimo tabuleiro e cada uma das áreas de ações que estão divididas no layout:

Há um pedaço do tabuleiro que contém a inovação do jogo que são peças numeradas de 1 a 22, que os jogadores vão escolhendo para colocar junto com seus marcadores de ação. Quando todos são colocados, o jogo vai se resolvendo em sequência crescente e é aqui que você deve planejar muito bem os números para não cometer um erro do tipo colocar um barco pra navegar sem ter um barco construído. A seguir o detalhe do board com os números.

Apesar do manual ter 12 páginas, é super bem explicado. O jogo tem uma série de possibilidades, mas se mostra bem intuitivo durante a partida. Joga-se de 2 a 4, mas logicamente com 4 pessoas é que fica melhor. E não é um jogo longo, dura na média uma hora e meia.

As imagens dizem mais sobre a qualidade dos componentes. Temos tiles de barcos, meeples caprichados, marcadores de madeira e toda uma arte muito bem caracterizada e ambientada na corte portuguesa na época das grandes navegações.

O amigo Macri apresentou esse título que chegou recentemente para seu acervo pessoal; eu joguei, gostei e já vou comprar um pra mim. Para quem quiser saber mais sobre o jogo e seu criador, Paolo Mori, acesse aqui a página oficial no BGG.

Acredito que os amigos de além mar do blog português JOGO EU devem ter gostado desse título.

sexta-feira, 12 de março de 2010

MISSION: Red Planet

A dupla Bruno Cathala & Bruno Faidutti nos brindam com mais um excelente título. Dessa vez, a pegada é em torno de Area Control & Simultaneous Action Selection (chique, não?). MISSION: Red Planet é daqueles títulos que supreende pela simplicidade de regras e pelas inúmeras possibilidades estratégicas, sem falar na rebuscada temática que evoca princípios steam punk ao colocar os jogadores fazendo viagens até Marte em 1888 (!).

O design do game é primoroso e segue a cartilha para criar a ambientação. Cada player possui um deck de cards com personagens e a cada rodada devem apostar o melhor papel na mesa para tentar levar o máximo de colonizadores para as diferentes regiões de Marte.

A ação transcorre em dois tabuleiros distintos: um que abriga os colonizadores e o que estes estão minerando no solo marciano, outro que lança as naves. O controle de área é duplo, pois você deve alocar seus peões nos dois ambientes.

A combinação de escolha dos papéis disponíveis incrementa o game e transforma a experiência de area control em algo muito mais divertido e emocionante.

O jogo não passa de uma hora e rende bastante em termos de curva de aprendizado e re-jogabilidade. MAis um título nota 10 apresentado pelo genial Macri.

Imagens do BGG.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Livro Jogo Aventuras Fantásticas

Fiquei me questionando se esse seria um post off topic para o Game Analyticz, mas pensando bem acho que tudo a ver com a temática daqui, já que falo apenas de games analógicos. Aliás, este post carrega consigo (além de uma grande nostalgia) uma certa reflexão em cima da criação de roteiros para games.

Vamos do início. A série de livros jogo "Aventuras Fantásticas" foi lançada mundialmente no fim da década de 1980 e no ínicio dos anos 90; basicamente era uma coleção de histórias onde o leitor assumia o papel de aventureiro e percorria uma trilha escolhendo caminhos que sempre levavam para soluções diferentes. Inicialmente era uma aventura solitária, mas depois lançaram livros que permitiam o modo multiplayer.

Era bem divertido e, com certeza, foi o primeiro contato de muita gente aqui no Brasil com temáticas e ambientações fantásticas encontradas em jogos de RPG. Vou apresentar um trecho de um dos livros que era o meu favorito: O TEMPLO DO TERROR! Assim exemplifico para aqueles que não conhecem como funcionava a brincadeira e passo um pouco de vergonha por um dia ter me emocionado com esse tipo de coisa =].

"218 = No bolso de um dos Homens-Rato, você encontra 3 peças de ouro e uma cauda de macaco. Na parede do lado oposto, você vê duas portas em arco e corredores que partem delas. Se for andando pelo arco da esquerda, vá para 315. Se passar pelo arco da direita, volte para 139" (LIVINGSTONE, Ian. O Templo do Terror. Editora Marques Saraiva: Rio de Janeiro,1989)

Você escolhia o número e ia lendo a aventura. Logo, por ser um roteiro não linear, cada vez que era lido resultava em um caminho diferente. Essa estrutura é chamada de árvore de decisão, e é muito usada em roteiros de videogames.

Eu disse no início do post que esses livrinhos carregam uma reflexão em cima de design de games, pois foram uma base sensacional para alguns roteiros de jogos promocionais que escrevi para a operadora de celular VIVO; entre eles o Vivo em Ação e o Vivo Labirinto. A seguir mostro a estrutura de árvore de decisões que montam o roteiro do game.

Em vez de virar páginas, nesse caso você escolhe o caminho via SMS ou Portal de Voz no seu celular. Legal, né?

E passeando recentemente na Livraria Cultura descobri que estão relançando toda a série pela editora Jambo, clique aqui para ver. Fica a dica e a nostalgia para os leitores. Até a próxima.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Eye of judgement

O Game Analyticz, como os leitores sabem, tem o objetivo de publicar resenhas e análises de jogos analógicos; fora que ele também é um registro pessoal de todos os jogos que eu confiro. Vou me permitir dar uma escapadinha do tema e falar de um cardgame que tem sua essência digital: Eye of the Judgement para Playstation 3.

O game utiliza uma tecnologia de identificação de símbolos via uma câmera especial que reconhece a carta no tabuleiro e faz uma criatura correspondente aparecer na tela pra duelar com o oponente. A carta também é um guia de referência de poderes e áreas de ataque.

A grande sacada é que é possível vender boosters para incrementar e aumentar a variabilidade do game, por isso que eu falei que ele é parte digital e parte analógico. Segue abaixo um vídeo explicativo:



Eu já tinha jogado esse título no ano retrasado logo que ele saiu, mas faltou a ideia de publicar aqui. Recentemente joguei de novo na casa do meu primo (em Brasília) e aproveito para divulgar o título.

Apesar de parecer bem perfeito no vídeo, tem uma série de problemas se o lugar onde você monta a plataforma de tabuleiro com a câmera não está iluminado adequadamente.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Chinatown

Jogos de negociação sempre são legais. Primeiro porque eles estimulam a interação entre os players e segundo porque parte das regras são criadas na hora, afinal de contas não existem receitas de bolo para fazer negócios. Chinatown é um título fantástico; complexo no sentido de gameplay, mas é bem fácil de jogar e pegar o espírito.

Os players devem construir a maioria de negócios nos bairros de Chinatown que são floriculturas, restaurantes, lavanderias, etc. A ideia é construir os negócios em conjuntos, ou seja, um player deve tentar construir o maior número de lavanderias grudadas umas nas outras, pois é assim que se ganha dinheiro e quem tem mais grana leva a vitória.

A negociação entra justamente na questão do domínio de área. Cartas são sorteadas todas as rodadas e elas indicam terrenos que irão pertencer aos players; como o tabuleiro é enorme, fica difícil de tirar lugares próximos para construir empresas, logo, você tem que negociar com outros jogadores o que mais lhe interessa.

Chinatown segue a linha do Traders of Genoa, que é o melhor game de negociação que eu já joguei, onde tudo pode ser acordado de qualquer maneira. Porém, a experiência de jogo deste título também é sensacional.

Arte bem objetiva e limpa. Imagens do BGG.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Nun Bowling

Acho que eu vou pro inferno por ter comprado isso, mas vamos lá! Nun Bowling, como o próprio nome já diz, é um boliche com freiras. Vem numa simpática caixinha com as miniaturas (em acrílico) das freirinhas e uma mini bola de boliche (que o manual chama de GREAT BALL OF HELLFIRE) para derrubá-las.

O que é mais legal no jogo é o manual de 32 páginas que te ensina as regras básicas do boliche e como ser um pecador exemplar. Inclusive vem com um capítulo com ideias de lugares para se jogar o Nun Bowling como por exemplo: durante uma confissão (contra o padre), durante a missa e na fila de comunhão. Fantástico!

O jogo em si é só uma piada, mas é um presente legal para dar para os amigos ou simplesmente para enfeitar sua casa. Também há uma versão online meio tosca, clique aqui para jogar.

Acredito que esse é um post de dupla utilidade, pois caberia muito bem no meu outro blog.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Terra Nova

Título light de 20 minutos de partida que envolve mecânica clássica de area control. Terra Nova envolve a ideia de mover seus trabalhadores por terrenos diferenciados e ir construindo cercas que delimitam territórios.

Basicamente, quando uma área é fechada realiza-se a pontuação baseada em quantos trabalhadores estão dentro da área e quantos tipos diferentes de terreno estão presentes no local.

O título não apresenta nada de muito inovador, mas possui um detalhe interessante e raro: uma mulher é a game designer dele (coisa rara de se ver). Rosanna Leocata faz dupla com Gaetano Evola na confecção desse jogo.

Imagens do BGG.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Livingstone

Ultimamente tenho jogado alguns títulos bastante estratégicos e relativamente simples de explicar. Livingstone caiu nessa categoria. Recém adquirido pelo amigo Macri, fez a alegria em mais uma Euroliga na Ludus.

O jogo é bem rápido: todos os jogadores são exploradores na África descendo um rio em um barco a vapor. A mecânica é de dice rolling para conquistar privilégios/ações e tem um pouco de controle de área também (que é onde ganha-se pontos).

É possível construir acampamentos nas colunas do tabuleiro para dominar o maior número de territórios possíveis. Só que para fazer isso, é preciso dinheiro que se ganha minerando joias.

O pack do jogo é bem bonito, a arte da embalagem e do tabuleiro é fantástica. Vem com bauzinhos 3D para guardar doações para a rainha da Inglaterra e uma série de peças plásticas que representam as pedras preciosas. Aliás, o bauzinho tem uma função essencial no game: você esconde doações dentro dele, mas o jogador que teve o menor número de doações está eliminado da partida, mesmo se foi o que fez mais pontos. Cruel.

Excelente dica para quem gosta de ter títulos que agradam gamers e não gamers. Imagens do BGG.