domingo, 26 de abril de 2020

Paranormal Detectives

Um dos últimos games conferidos pré-pandemia de corona. Olha, que jogo legal. Ele tem uma pitada de muitos games bacanas e é daqueles que agrada casuais e hardcores. A história: um personagem morreu e seu fantasma está tentando se comunicar com alguns paranormais do mundo dos vivos para tentar explicar como ele morreu, quem matou, onde aconteceu, com que arma a coisa rolou e a razão da morte. O grande lance é que a comunicação com o além não é lá muito boa e o fantasma só consegue dar pistas usando métodos pouco práticos e isso é a graça de Paranormal Detectives.



Basicamente um jogador faz o papel de fantasma e possui uma carta que tem o roteiro com os elementos que ocasionaram sua morte os quais os jogadores tem que deduzir (aqui lembra o Black Stories). Os players fazem o papel de paranormais e possuem cartas com poderes; cada poder evoca uma habilidade do fantasma que tem que ser bom para tentar transmitir as pistas da maneira mais clara possível.



As cartas dos paranormais permitem que o fantasma: 1) faça três segundos de mímica sobre sua morte; 2) coloque, numa tábua de OUIJA, algumas marcações fazendo uma palavra; 3) tente desenhar com dois arames uma figura; 4) monte três cartas de tarot numa sequência que dê alguma iluminação; 5) desenhe um símbolo nas costas de um jogador para ele adivinhar algo; 6) mexa a boca formando uma palavra sem fazer som. Com tudo isso, a cada rodada, os players vão juntando pistas e anotando em um board com canetinha que apaga.



Os players devem deduzir os fatos antes que os decks acabem para vencer a partida. Arte foda, rápido, incrivelmente engraçado no grupo certo de players e muito divertido. Joguei uma partida e quero jogar mais com mais gente. Já entrou na lista de compras pós-corona.

#GoGamers

domingo, 19 de abril de 2020

Aquatica

Jogo bem bom esse Aquatica. Mais um título conferido na quarentena de coronavírus no Tabletopia. Cada jogador controla um exército submarino de criaturas fantásticas buscando conquistar territórios com poderes especiais. Ponto altíssimo do game: a arte. Eu curto muito essa temática aquática e o layout do game é caprichado ao extremo nesse sentido.



A mecânica central é deck building, mas tem um elemento interessante de controle de cartas que reflete na pontuação: cada terreno que você conquista vem com uma série de poderes; a cada rodada você pode ir gastando esses poderes até "zerar" a carta. Quanto uma carta está zerada no seu tabuleiro particular, você pode pontuar a mesma usando personagens ou arraias.



O jogo tem quatro condições que precisam ser ativadas para acionar o final da partida e isso gera uma imprevisibilidade boa. Normalmente eu acho difícil encontrar um bom balanço em deck buildings, mas esse aqui rolou super bem com os poderes de personagens disponíveis.



Confesso que nessa quarentena tenho evitado jogar games que durem mais de uma hora, mas esse demorou uma hora e meia e eu nem vi o tempo passar. Divertiu bem. Esse aqui eu quero fazer questão de jogar um dia na versão física. Segue uma imagem da jogatina virtual com o amigo Estevão (clique para ampliar e conferir a interface do Tabletopia com o Aquatica).



#GoGamers

domingo, 12 de abril de 2020

E-book grátis: 15 EXERCÍCIOS PARA A CRIAÇÃO DE JOGOS - UM GUIA INTRODUTÓRIO PARA A PRÁTICA DE GAME DESIGN

Essa quarentena do coronavírus tá produtiva! Semana passada sentei e organizei algumas ideias no formato de e-book. Era um projeto antigo: reunir uma série de exercícios que uso nas minhas aulas introdutórias de game design em um lugar só. O resultado foi o "15 EXERCÍCIOS PARA A CRIAÇÃO DE JOGOS - UM GUIA INTRODUTÓRIO PARA A PRÁTICA DE GAME DESIGN".

Com apoio incondicional do curso de TECH da ESPM, este livro é gratuito e procura ser uma fonte de consulta e inspiração para todo mundo que quer entrar nesse mercado. Clica na imagem abaixo para fazer o download! E segue a resenha oficial do livro:

Neste livro, o autor Vicente Martin Mastrocola apresenta algumas ideias centrais para a criação de jogos (digitais e analógicos). O que é game design? O que são mecânicas de jogos? O que é processo iterativo? Como montar um protótipo básico? Por que é importante realizar sessões de teste com um game? Estas são algumas das perguntas que este livro responde amparado por 15 exercícios práticos de resolução simples utilizando materiais acessíveis. Longe de ser um manual de fórmulas, “15 exercícios de criação de jogos: um guia introdutório para a prática de game design” é uma porta de entrada no instigante universo da criação de produtos lúdicos.



#GoGamers

Soul puzzler

Soul puzzler foi um joguinho leve, rápido e gostoso conferido numa joga recente no Tabletopia (que está salvando o hobby do boardgame nessa quarentena do coronavírus). O game é daqueles que eu costumo chamar de "ligeiramente abstrato" e é para 2 players.



O jogo funciona em um grid de 5x5 no qual os players vão jogando sua fichas coloridas. Mecânica de Tetris aqui: joga de cima e a pecinha cai até parar em cima de outra.



O que dá a temática (e uma mudança de regras suave) no game é que cada jogador escolhe uma personagem no início da partida (representada por uma carta). Cada cartinha de personagem tem um poder único que gera alguma reviravolta no jogo. Quando você faz combinações de 3 ou mais peças, pontua. Quem chega no final do tabuleiro primeiro, ganha.

Bem leve. Foi fácil de aprender e jogar online.

#GoGamers

sábado, 11 de abril de 2020

Set a watch

Mais um game conferido no Tabletopia durante a pandemia de coronavírus. Vamos improvisando online e tentando conhecer um jogo novo toda semana!



Set a watch é um game sobre um grupo de guerreiros ao redor de uma fogueira combatendo monstros que vão se aproximando dela. Nada de novo na mecânica de rolar dados e sacar uma fila de criaturas para serem detidas de maneira colaborativa, mas eu gostei do componente estético que quanto mais a fogueira está abastecida mais ela revela os inimigos que estão em linha para atacar. Cada personagem possui uma lista de três poderes e eles vão se revezando para manter a fogueira acesa (cada um pode ficar duas vezes no máximo). Tem um bom esquema de gerenciamento coletivo que coloca os players para dialogar e tentar gerenciar os recursos para deter os bichões.



É colaborativo e divertido. Nesses tempos de isolamento qualquer jogo já faz nossa alegria.

#GoGamers

domingo, 5 de abril de 2020

Roll player

O espírito lúdico segue incansável nessa crise de coronavírus. Eu sempre tento jogar um board game novo toda semana e jogar longe dos amigos não funciona, logo, a solução está no TABLETOPIA. Vou repetir o que falei no post anterior: tá longe de ser igual jogar com os amigos presencialmente, mas quebra um bom galho. Importante ressaltar que vale investir em jogos com poucos componentes e mecânicas mais objetivas para render o tempo. O game que experimentei junto com meu amigo Estevão foi ROLL PLAYER.


Roll Player é um dice rolling que pega uma ficha de personagem clássica de RPG e coloca você com a missão de rolar dados para tentar deixar os atributos finais com a melhor performance possível. É divertido! Você vai rolando dados coloridos e com eles tem que realizar uma série de tarefas: deixar os números somados em um mínimo para ganhar pontos; deixar as cores de dados em lugares certos nas colunas/linhas para ganhar pontos; colecionar armas/armaduras/habilidades para faturar mais pontinhos; utilizar o dinheiro ganho para agilizar esse processo todo.





Eu achei legal porque é uma ficha clássica de Dungeons & Dragons que você vai trabalhando com dados. Sempre que um dadinho entra em uma fileira você ativa um poder (re-rolar o dado, inverter o resultado, aumentar em +1/-1, mover dados no tabuleiro etc.).

A seguir uma imagem da jogatina no Tabletopia:



Como meu amigo já conhecia as regras foi bem fácil de explicar e jogar. O game tem poucos componentes e mobilidade de peças funcionou bem. Por um tempo, vou postando aqui os games de tabuleiro novos que estou experienciando virtualmente. Vamos que vamos! O jogo não pode parar!

#GoGamers