RPG de fim de ano: Terras de Shiang

E o ano lúdico de 2012 não poderia terminar de outra maneira: com um bom RPG. O amigo Leozão mandou uma aventura híbrida de RPG com miniaturas ambientada no cenário que ele criou, as TERRAS DE SHIANG.

O Leo, inclusive, manufaturou as próprias miniaturas de metal! E estão ficando animais! Essa foi pra fechar 2012 com a chave da nerdice! GO GAMERS!

Saaguan

Esse aqui foi uma surpresa genial que chegou até as minhas mãos graças ao Pablo Schulman. O Pablo entrou em contato com o autor do Saaguan (que é americano) e ganhou dele algumas cópias para distribuir e divulgar. Ganhei duas cópias do game e recentemente fiz um campeonato entre amigos para colocar uma das caixas como prêmio. Jogamos duas partidas de 5 players (uma for dummies e outra pra valer) e quem levou o game foi o amigo Draguito.

Saaguan é um game abstrato campeão. Meia dúzia de regras e já pode sair jogando. Disputado ao extremo em 6 players, este game usa uma temática de "robôs" que disparam raios para paralisar e destruir os oponentes. Há duas opções de tabuleiro de pano para compor o cenário, mas basicamente o grid serve para mirar e explodir as peças adversárias.

Dependendo do número de players há 2 ou 3 ações por rodada. Os jogadores podem movimentar suas peças pelos espaços ou girar as mesmas para mirar nos oponentes. Quando um robô é destruído, quem participou da explosão com raios ganha pontos. Quem faz um X número de pontos primeiro ganha.

É rápido e como produção independente está caprichado: tabuleiro de pano, dado colorido, fichas de plástico, peças de madeira, etc.. Vamos prestigiar o autor Andrew Cooke acessando AQUI a página oficial do Saaguan no BGG. Seguem algumas imagens do Saaguan e da joga:

Merchants & Marauders

O amigo Rodrigo Snow adquiriu este título para sua ludoteca e nos brindou com uma divertida partida regada a Rum Montilla (o verdadeiro espírito do pirata). Merchants & Marauders é daqueles títulos carregados de componentes (por sinal, todos muito caprichados) como barquinhos variados de plástico, cartas ricamente ilustradas, tabuleiro grande, mini tabuleiros individuais e muitos dados. Depois de montado fica bonitão, mas precisa de uma mesa grande para a brincadeira.



O jogo usa diferentes mecânicas como movimentação de área, action points e dice rolling. O curioso do game é que ele possui dois enfoques: você pode ser um mercante ou um pirata; quem define isso são as habilidades dos diversos capitães disponíveis no game. Dependendo da sua escolha você possui habilidades que irão te ajudar a cumprir o objetivo de juntar 10 pontos. No entanto, conseguir os 10 pontos pode demorar até 3 horas, realmente não é um game para se jogar casualmente. A quantidade de regras e sub-regras é grande também.



Basicamente, você se movimenta por portos do Caribe tentando vender produtos mais valiosos, equipando sua nau com armas e melhorias, pilhando navios, batalhando com os outros jogadores e por aí vai. Além da interação com os outros players há os NPCs (Non Player Captains) que surgem controlados por fatores aleatórios de um deck de cartas.



O componente "sorte" pesa bastante nas roladas de dados e isso - às vezes - prejudica um pouco a dinâmica. No geral, é divertido e acontecem momentos de emoção ao final da partida. Achei legal e o rum deixou mais legal ainda.



Joguemos mais. Duas últimas imagens do BGG.

Hár!

Res Publica

Mais um jogo do mestre Knizia adquirido para a ludoteca. Esse aqui é bem das antigas (foi lançado em 1991) e tem cara dos primórdios dos modernos euro games na sua dinâmica.

Res Publica ("coisa do povo" em latim) é um game de set collection e trading onde os jogadores devem evoluir ao máximo, em termos de tecnologia e poder, cinco povos da antiguidade. A cada rodada os players devem negociar/trocar cartas entre si para fechar coleções de 5 cartas iguais e marcar pontos.



No início, os players devem fazer conjuntos de cinco cartas de povo iguais. Ao baixar na mesa ganham um vilarejo de 3 pontos. O vilarejo começa a permitir que cartas de civilização sejam compradas de um segundo deck. Com as cartas do segundo tipo é possível construir ambientes mais avançados e ganhar mais pontos.



O ponto mais divertido do game é a parte de negociação que gera uma aleatoriedade legal com grupos diferentes. O resto é baixar carta na mesa.

O Knizia é um cara bem versátil. Esse aqui não é dos top 10 dele, mas é bem cuidado e é excelente para jogar entre games mais pesados.

Imagens do BGG.

Shadows over Camelot - the card game

Belíssima surpresa recém adquirida para a ludoteca na última incursão europeia. Comprei este título na loja Fantask de Copenhagen. O card game de Shadows over Camelot segue a essência cooperativa com traidores infiltrados igual ao board game.



Jogam até 7 players e há um modo para se jogar sozinho, contra o deck de cartas. No versão card game há um deck de rumores que deve ser investigado pelos jogadores; as cartas vão formando uma pilha de boatos que os jogadores deverão decidir - coletivamente - se vão investigar ou não.



O truque é usar memória e diálogo para lembrar o número de cartas e que fatores irão influenciar os resultados. Os jogadores podem optar por investigar ataques de pictos/saxões, ataques de um dragão, o graal e o desaparecimento de excalibur.



Personagens como Merlin e Morgana aparecem para atrapalhar (ou ajudar) os players. A dinâmica é divertida e a figura do traidor aparece como no board game tentando atrapalhar sutilmente a vitória. A minha edição veio com duas cartas promo.

É divertido de jogar de galera. Gostei mais do que o board game (apesar de serem bem diferentes). A versão pra jogar sozinho é bem desafiadora.

Imagens do BGG.

Science Fiction Bokhandeln - loja de boardgames em Stockholm (Suécia)

Loja incrível que visitei em Stockholm (Suécia) com o amigo Big. Sério mesmo, acho que esta entrou no top 3. São dois andares com tudo que um nerd pode querer na vida. Vou descrever por etapas.

No primeiro andar há estantes e mais estantes de livros, HQs, DVDs, camisetas, brinquedos e lembrancinhas. Pra coroar o ambiente ainda tem um alien em tamanho natural pendurado no teto.

No segundo andar estão os games. Prateleiras e mais prateleiras organizadas por temática. Havia um curioso canto só com jogos de zumbi. Essa loja tinha boas novidades de Essen, mas os preços estavam impraticáveis. Acabei levando uns pequenos regalos apenas.

Imagens falam mais do que palavras e por isso vão as fotos a seguir (clique para ampliar). A última foto é bem emblemática e foi uma boa imagem que eu guardo do local.

O endereço da loja é Västerlanggatan 48 (Gamla Stan - muito bem localizada, pois é no centro turístico). O site é >> www.sfbok.se.

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Games - uma loja de board games com nome óbvio em Copenhagen (København, DINAMARCA)

O nome da loja não poderia ser mais óbvio, mas é verdade: a loja chama GAMES. Nada demais nessa daqui, foi a última que visitei no nerd tour na Dinamarca. Pouca variedade e muita coisa antiga nas prateleiras.

Precinhos bem altos e um vendedor que se embananou na hora de dizer se tinha ou não alguns títulos. Porém, é sempre uma boa experiência visitar uma loja de jogos.

O endereço é Jorcks Passage (uma travessa na maior avenida de pedestres do mundo) e o site é www.gamesweb.dk.

Imagens da loja e uma bela imagem da cidade.

Zombie Dice 2 - the expansion

Eu costumo dizer que Zombie Dice entra em uma categoria de "jogos/tranqueiras sem sentido que fazem a alegria em boteco". É um jogo sem sentido de rolar dados, mas os componentes são bem legais.

Recentemente saiu o pack de expansão com 3 dados extras para o game original. Vem com dados que possuem novos poderes, entre eles o dado do Papai Noel que traz presentes para o seu zumbi ficar mais poderoso.



No jogo base, cada player é um zumbi. Basicamente você rola três dados na sua vez: dado com cérebro é ponto marcado, dado com explosão significa que você tomou um tiro de escopeta e o desenho de pegadas significa que a vítima fugiu. Com os novos dados muda a dinâmica pois há o tiro duplo de shotgun e o cérebro duplo.

É mais bacana pra ter na estante do que efetivamente para jogar, mas era baratinho e eu acabei comprando para a coleção.

Dragon's Lair - uma loja nota 10 em Stockholm (Suécia)

Na última parada da eurotrip vim parar em Stockholm (Suécia). Noite começando lá pelas três da tarde e um frio abissal pelas ruas (ainda nem é inverno oficialmente). Antes de visitar qualquer ponto turístico fui com o amigo @guilhermebig para a Dragon´s Lair que só tem bons reviews na internet.

E os bons reviews fazem justiça ao espaço lúdico. A loja é enorme e dividida em várias áreas. Há um espaço enorme com board e card games separados por editora, ano e ordem alfabética que fica fácil de achar o que você procura. Há uma área de computadores para jogar online e um salão para jogar card e tabuleiro.

O atendimento é bom demais. O funcionário da loja foi muito simpático e falou sobre o mercado de games no norte na Europa. Aqui a galera consome em quantidade esse tipo de material, por isso a quantidade e variedade é tão grande.

Na terceira foto abaixo é um destaque para uma gôndola só com promoções de dice e card games. Pra chorar.

Essa é pra ficar admirando as prateleiras durante muito tempo. Um exercício de nerdice! Uma das melhores lojas que já visitei. Nota 10 mesmo.
O endereço é Kungholms torg 8. O site é www.dragonslair.se.

Segue uma bateria de imagens do lugar genial:

Der Elefant im Porzellanladen

Mais um game do autor Michael Schacht que adquiri para a ludoteca. Esse aqui vai longe na temática, o jogo - como o nome aponta - é sobre "O elefante numa loja de porcelana". Na real, como tantos outros jogos de números, esse aqui poderia ter qualquer temática que não mudaria muita coisa. Porém, tiro o chapéu para o autor que chegou nessa ambientação.



Der Elefant im Porzellanladen é um game com mecânicas de card drafting e set collection. Duas pilhas de cartas figuram na mesa: uma com porcelanas (que são os pontos para o jogo) e outras com cacos (são as peças quebradas pelo elefante e fazem os players perderem pontos).



A cada rodada os players devem comprar porcelanas, mas para isso devem - obrigatoriamente - perder algumas cartas no processo adquirindo os cacos. A ideia do game é gerenciar as cores e administrar o prejuízo mínimo ao final de cada rodada de pontuação.

Eu gostei da dinâmica, mas esse aqui precisa ser jogado algumas vezes para a mecânica ser captada. A pontuação não é muito óbvia, pois a cada rodada várias somas são feitas e somente um resultado é escolhido por vez (sem direito de repetição).

Esse é da série "pequenas caixas com grandes diversões". Achei este título do Michael Schacht mais legal que o Diabolo.

Também foi lançado com o nome de "Bull in a China shop". Imagens do BGG.