quinta-feira, 28 de março de 2013

King of Tokyo

Richard Garfield, o pai do Magic, assina este game. Ilustrações sensacionais, componentes bem bacanas (dados grandes e bem acabados), monstros para decorar o cenário e tabuleiro legal, mas jogo que é bom não vi muito.



King of Tokyo, como a imagem anterior mostra, é um game de monstros invadindo Tokyo. Cada jogador é um monstro e deve tentar ficar o maior tempo possível destruindo a cidade. O problema do jogo é a rolação de dados e a repetição. Jogamos em 5 players e a partida demorou mais do que devia. No fim, a estratégia é mínima e a sorte prevalece de um jeito ruim na interface do game.



Eu gosto de jogos que possuem o componente "sorte" envolvido, mas aqui a coisa se resume a ficar rolando e rolando dados de maneira hermética e pouco interativa com os demais players. Definitivamente não curti. Levou 3,5 esse aqui. Imagens do BGG.

terça-feira, 26 de março de 2013

Isla Dorada

Mais um título da ludoteca do amigo Estevão que jogamos recentemente. Isla Dorada é um jogo de leilão bem curioso que usa mecânicas de gerenciamento de cartas, apostas e movimentação por um caprichado tabuleiro. A história do jogo se passa em uma ilha onde o zepelim dos arqueólogos (no caso, os players) caiu. No game todos os players usam uma única peça para circular pelo tabuleiro; cada um possui objetivos secretos para cumprir e a cada rodada vão sendo realizados leilões para decidir que rumos serão tomados.



Cada jogador, logicamente, vai blefar e tentar conduzir a peça para passar pelo maior número de áreas de seu objetivo e também vai tentar passar por cidades que possuem tesouros com pontos. A dinâmica é divertida e o leilão só acaba quando todos passam.



A arte é muito bacana e o game possui um pack de peças ricamente detalhadas que são usadas para a movimentação pelas trilhas do tabuleiro.



O leilão é feito com cartas de terreno. Ou seja, para atravessar desertos é preciso das cartas de camelo, para atravessar florestas é preciso das cartas de gorila e por aí vai. Algumas cartas do deck possuem poderes especiais para atrapalhar os adversários e colocar bloqueios nas trilhas.



É um game despretensioso, leve e ideal para gamers e não gamers. Um ponto que não é positivo e nem negativo é que - de início - é preciso jogar com uma "colinha" do seu lado para entender os ícones das cartas. Alguns não são intuitivos. Nota 7 pra esse.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Seasons

Jogo de card drafting e dice rolling que nos foi apresentado pelo amigo Estevão em uma joga recente. Honestamente, preciso jogar de novo para compreender melhor a dinâmica do game. Cada jogador controla um mago elemental realizando magias através das estações do ano; as magias (e seus possíveis combos) estão nas cartas do jogo, por isso é preciso conhecer mais os efeitos individuais de cada uma para aproveitar melhor a experiência.



Basicamente há um disco com as estações do ano e joga-se três períodos. A cada rodada uma leva de dados com habilidades é rolada para que os players escolham as melhores opções. A ideia é ganhar pontos convertendo elementos e baixando magias na mesa.



Tem um mecanismo interessante de escolha de dados onde o player tem que ponderar se vai aumentar seu poder de baixar cartas na mesa, se vai converter elementos em pontos ou se vai adquirir elementos para o seu "pool". Inevitavelmente vimos similaridade com alguns elementos do clássico Magic.



A arte é bem bacana e os componentes são excepcionais. O set de dados gigantes com cores distintas (e poderes próprios) para cada uma das estações é um bom ponto do game. Já li comentários contra o lance da rolagem de dados do Seasons, mas é um jogo baseado nisso mesmo. A sorte é um elemento da dinâmica e não - no grupo certo - é diversão garantida.



Esse aqui levou 7, mas creio que tem um potencial para um 8. Imagens do BGG.

terça-feira, 19 de março de 2013

Que tal faturar um jogo GRAN CIRCO?

Respeitável público do Game Analyticz! No dia 27 de março, comemora-se o Dia Mundial do Circo, e a MS Jogos - editora do amigo e autor Marcos Macri - resolveu fazer uma série de promoções em torno desta data, relacionadas com o excelente jogo GRAN CIRCO.



O Game Analyticz, sempre buscando apoiar boas ideias lúdicas, irá sortear uma cópia do Gran Circo para seus seguidores! Pois é, fácil assim! Todo mundo que está na lista de seguidores do blog aqui na lateral direita já está concorrendo automaticamente!

O sorteio será dia 27/03 e a partir do dia 28/03, o ganhador ou ganhadora já pode esperar para receber sua cópia no conforto do lar! Ainda não segue as atualizações? Clica aqui do lado e cadastre-se. É rápido, indolor e não leva nem 20 segundos.

Convide os amigos e vamos divulgar e ampliar nosso querido hobby para fronteiras mais amplas! Para o infinito e além!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Hansa Teutonica

Hansa Teutonica é uma das últimas aquisições que fiz para a ludoteca. O jogo, assinado pelo game designer Andreas Steding, é uma experiência muito legal para aqueles que são fãs dos eurogames de action points, controle de área e pontuações cheias de surpresas no final. Realmente me surpreendeu bastante a dinâmica e diferentes possibilidades que a interface do game oferece. Vou pontuando por partes os principais elementos.



1.Ambientação e componentes: Hansa Teutonica é um jogo sobre a liga hanseática de comércio alemão do século XII. Os players controlam mercadores, vendedores e postos de comércio espalhados pelo mapa. Os componentes são ilustrados nos moldes tradicionais dos euro games, com ilustrações bem características desse tipo de jogo. Há um tabuleiro grande que representa cidades alemãs e cada player controla um tabuleiro "mesa de escritório" para gerenciar seus trabalhadores; o pack é completado com diversos cubos e discos de madeira coloridos.



2.Mecânica e interação entre os players: apesar de ter muitos elementos e possibilidades é um game tranquilo de assimilar. Os jogadores possuem actions points (começa-se com dois) que permitem alguns tipos de ações como: alocar trabalhadores para as trilhas de comércio, fundar postos de comércio nas cidades, "chutar" vendedores oponentes das trilhas, recrutar trabalhadores de um "pool" para sua guilda, reposicionar trabalhadores pelas trilhas, etc.

A cada rodada é importante ir melhorando os atributos de sua mesa para realizar mais ações e melhorar sua pontuação. É um game bem dinâmico que permite interferir bastante nas jogadas dos adversários. Na mesa certa gera conflitos divertidos e permite boas "estragadas" na jogada alheia.



3.Pontuação: a pontuação final foi um ponto que eu gostei do jogo. Assim como em outros eurogames, a parte de contagem de pontos final reserva boas surpresas (a menos que você ficou calculando de cabeça a mesa de cada adversário durante a partida). Uma vez que um player atinge 20 pontos no tabuleiro, 10 cidades estão com seus postos de comércio completos ou os recursos especiais (fichas de poderes) se esgotam, o jogo termina. Uma vez que a partida termina os players devem multiplicar sua maior "cadeia" de cidades interligadas com um recurso especial do mini tabuleiro, soma-se pontos por liderança nos postsos de comércio e mais uma série de pequenas junções de pontos.



4.Nota: Hansa Teutonica levou 8. Gostei muito mesmo. Foi uma boa surpresa, pois confesso que adquiri meio no escuro. Já havia lido resenhas no BGG e a nota por lá é alta também. Não decepcionou. Confesso que fiquei com vontade de jogar outra partida na sequência, já que o jogo não é demorado (uma hora e meia). Recomendado.

Imagens do BGG.

terça-feira, 12 de março de 2013

Dixit Journey

Eu já escrevi sobre o Dixit há uns três anos atrás aqui no Game Analyticz. Joguei uma primeira vez e não gostei, mas depois brinquei novamente com algumas mentes perturbadas e o jogo ficou bem mais legal. Dixit Journey é uma releitura do game original; é uma mesma ideia com nova roupagem (e que roupagem bonita).



Não vou me alongar na resenha, pois no link acima você consegue ler as impressões originais do game. Porém, Dixit Journey ganhou uma arte toda nova, cartas mais rebuscadas e regras mais claras no manual. Este tipo de game "esgota" as cartas depois que você as usa em demasia, então, novas imagens em quantidade são sempre bem vindas.



O amigo Snow adquiriu o pack novo e experimentamos em uma joga na sua residência. A conclusão é que este tipo de game fica muito melhor se acompanhado de um copo de rabo de galo gourmet bem preparado.

Imagens do BGG.

sábado, 9 de março de 2013

Atendendo um pedido de leitores: regras completas de Star Wars Card Game

Há uns posts atrás eu falei da recente aquisição para minha ludoteca, o Star Wars Card Game. Os leitores Thiago, Pablo e Syd pediram mais informações sobre a dinâmica do game, então segue o vídeo oficial da Fantasy Flight explicando todo o processo de gameplay:



Valeu pela audiência, galera!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Vídeos com regras dos games ÁLMOK e CARTAS ASSOMBRADAS

No final de março a Ceilikan Jogos vai lançar dois card games de minha autoria: ÁLMOK e CARTAS ASSOMBRADAS, este último focado em um público infantil. Para começar a divulgar os lançamentos fizemos vídeos com as instruções completas de ambos os games. Confira logo a seguir!



E se quiser comprar na pré-venda, basta clicar aqui. Valeu!



quarta-feira, 6 de março de 2013

TÍZ dice game: agora também para iPhone

No início do ano eu coloquei pra download "de grátis" o TÍZ, um dice game versão print and play para os queridos leitores do blog. O amigo Rafael Verri, vulgo Parma, gostou tanto da ideia e da mecânica que está produzindo uma versão pra iPhone da brincadeira.

O Rafa está se embrenhando no mundo da programação mobile e resolveu dar vida digital para o meu game. TÍZ faz parte de um projeto pessoal de criação de jogos abstratos usando os dados clássicos do RPG (D4, D6, D8, D10, D12 e D20) e este é o filho duplo da família (digital e off line).

Está em fase de finalização e ainda sofrerá uns ajustes, mas olha como está ficando a brincadeira no vídeo a seguir:


Estou empolgadíssimo com a ideia de fazer mais desses. Valeu, Rafa!

terça-feira, 5 de março de 2013

Star Wars Card Game (2012 edition)

Star Wars, definitivamente, é uma série com desdobramentos infinitos. Isso, claro, se reflete em todos os jogos e derivados lúdicos da ficção seriada. Eu até fiz meu mestrado sobre o assunto (faça o download aqui) e cada vez mais minha certeza só aumenta em relação ao posicionamento transmidiático adotado. Aqui no blog já falei sobre alguns card games da franquia aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Pois bem, semana passada chegou aqui em casa o novo integrante da coleção: a versão 2012 da Fantasy Flight assinada pelo autor Eric Lang.



No geral o game é ok, mas fãs da série vão gostar da pesquisa de conteúdo que rolou para execução da obra. Joga-se em dois player (light side x dark side) e o starter set possui os seguintes decks: sith, império, rebeldes e jedi. Ainda acompanha packs de cartas genéricas, smugglers, bounty hunters e spies. O game é baseado em construção de decks (podemos esperar zilhões de expansões) e tem um diferencial bacana: você monta o seu baralho baseado em pacotes de objetivos; cada carta de objetivo é acompanhada de 6 outras cartas de personagens, eventos, etc. e - na média - você monta seu deck com 7 objetivos o que resulta em 48 cartas. O fato do objetivo estar vinculado a cartas específicas evita que as partidas fiquem muito desequilibradas.



Starter set é starter set, mas mesmo assim eu fiquei com a impressão de que precisa comprar mais coisas para as partidas ficarem bem balanceadas. Joguei duas partidas com os decks básicos e rolou um pouco aquela sensação de um dos players jogar sozinho várias vezes. Talvez mereça uma atenção maior na parte de construção de decks misturando mais as facções, mas isso só jogando mais mesmo.



Tive o enorme prazer de conhecer o autor do game, o Eric Lang, ano passado lá na Ludus Luderia num encontro de game designers. O cara é muito versátil, gente boa demais e tem uma porrada de coisas bacanas no portfolio. A imagem abaixo é da galera confraternizando com o autor que estava de passagem pelo Brasil


Euroliga 25-07-2012 com Vince, Jacober, Eric Lang, Bissoli e Macri (fonte: Redomanet)

A arte é bem legal e já está aproveitando ilustrações do X-WING Miniature Game. Uma coisa que eu senti é que as regras poderiam ser um pouco mais enxutas o que simplificaria o manual de 30 páginas.

Eu preciso jogar mais uma meia dúzia de partidas, mas por enquanto está levando 7,5 esse aqui.

sábado, 2 de março de 2013

Surakarta

Este aqui é um jogo abstrato ligeiramente obscuro e que remonta sua origem na Indonésia. O nome original é Permainan, mas também é conhecido com Surakarta e até mesmo como Roundabouts (esse nome foi atribuído pelo grande game designer Sid Sackson em seu livro "The Book of Classic Board Games"). Usei o livro e o game hoje em aula para explicar algumas definições de jogo abstrato e, logicamente, jogamos algumas partidas para testar.



O game é muito simples, mas possui uma essência estratégica. É para dois players e você, leitor, pode fazer um print and play para testar em casa. Basicamente um jogador coloca 12 fichas pretas na sua área demarcada e o oponente faz o mesmo com fichas brancas. Fichas podem ser movidas em qualquer ponto livre adjacente (que são as interseções livres) e também podem capturar peças inimigas.

Porém, você só pode capturar uma peça se conseguir fazer sua ficha dar uma "volta" em algumas das áreas externas ou internas e cair em cima de uma área ocupada pelo oponente. Para baixar o tabuleiro e as regras, clique aqui.

Bom jogo!