quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Yokai

Nas minhas aulas de game design no curso de Jogos Digitais da PUC eu sempre começo o primeiro semestre com exercícios de recriação de mecânicas clássicas. A mecânica de memória está entre elas e o Yokai da Buró Jogos acabou de entrar na lista pra essae começo de curso.



É um game de memória colaborativo. Há quatro tipos de Yokais (espírritos da cultura oriental) que devem ser agrupados por cores em um grid de cartas ortoganal e irregular. O game começa com um tabuleiro de cartas de 4x4 e cada jogador em sua vez deve: 1) olhar duas cartas em segredo, colocá-las de volta ao lugar e mudar uma ortoganlmente para outro lugar; 2) abrir uma carta de dica e decidir se vai usar ou não - as cartas de dica servem para guiar os outros jogadores se estão colocando os yokais no lugar certo.

Quando acharem que está tudo alinhado, os players devem revelar as cartas e se todos estiverem agrupados ortogonalmente em suas cores certas, vitória. Senão, derrota. A pontuação varia em cima do uso correto das cartas de ajuda e de cartas de ajuda que sobraram na pilha.

O game tem variantes de dificuldade onde, além de deixar as famílias de yokais alinhadas, elas devem formar um desenho de grid específico. Jogo perfeito para levar para aula. Pequeno, barato e de qualidade legal.

#GoGamers

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Mörk Borg - RPG

O RPG está na minha essência lúdica. No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, na cidade de Catanduva, travei contato com o RPG graças à Livraria Contraponto do falecido amigo Benatti. Até falei dele nesse post aqui. Graças ao meu amigo Leo Andrade, co-autor do OPERA RPG, travei contato com muitos RPGs. Uma vez por ano tento, inclusive, mestrar algo para um grupo de amigos. Mas, fazia algum tempo que eu não parava para ler algo novo de RPG. Acho que o Diário Macabro foi o último sistema que eu traveo contato. Porém, esse ano consegui uma cópia do escandinavo Mörk Borg e tive o prazer de ler de novo um livraço de RPG do começo ao fim e ficar inspirado com ideias.



Como o próprio livro se descreve, Mörk Borg é um "álbum de Doom Metal em forma de jogo. Uma furada de magual bem no rosto. Regras leves, o resto é pesado". E o cenário é uma desgraceira só. Um ambiente apocalíptico com toques de magia e brutalidade medieval com personagens doentes, corrompidas e - literalmente - podres. O sistema de Mörk Borg é bem simples e a criação de personagens e cenários pode ser feita rolando dados ou até mesmo usando um gerador automático do site. O ponto altíssimo da obra, no entanto, fica por conta do design. É maravilhoso como conseguiram fazer um livro tão colorido e tão perturbador.



O livro alterna linguagens. Tem momentos que utiliza uma verborargia religiosa extrema com salmos, em outras partes transita com um tom de humor macabro.



Já estou com ideia de aventura e quero colocar em prática ainda esse semestre. Como foi bom ler um RPG inteiro com gosto de novo e ficar com vontade de aplicar o sistema. Meus últimos jogos que mestrei fiz todos no sistema da Chaosium de Call of Cthulhu. Hora de explorar novas frentes.

#GoGamers

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Bandido

Bandido é um jogo bem legal da linha pocket da Paper Games. Me trouxe uma lembrança do Saboteur, diga-se de passagem. É um game colaborativo que pode ser jogado solo ou em até quatro players.



Uma partida começa com uma carta representando a cela do bandido. Há o modo fácil (com cinco buracos de túnel) e o modo difícil (com seis buracos de túnel). Cada jogador tem três cartas na mão e é preciso jogar uma por turno. O objetivo é muito simples: tentar fechar todos os caminhos de túnel com becos sem saída ou com o ícone da lanterna do guarda antes que o deck termine.



É desafiador e bem divertido. Acho que foi o jogo que eu mais gostei dessa linha. No entanto, vele uma ressalva: é muito feio. Normalmente não ligo pra isso, mas a arte do game é bem rudimentar.

Mas é um bom título para usar nas aulas de game design.

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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Dedín

E vamos começar os trabalhos de 2025. Dedín foi o primeiro título inédito conferido esse ano. Um party game de agilidade bem simples. Mais um título que a Paper Games trouxe na linha pocket.



Basicamente, uma carta é colocada no centro da mesa e os jogadores colocam o indicar nela. O jogador da vez fala um número entre zero e o número de dedos que há na carta. Numa partida com 4 players, você pode falar de zero até quatro. Daí, após falar o número, rapidamente, as pessoas tem que tirar ou deixar o dedo. Se o número de dedos que ficaram foi igual ao que o jogador falou, ponto.



As cartas são botões e há poderes: roubar carta, pegar carta dupla e pegar a carta mais uma do monte.

É ok, mas eu joguei uma vez e bastou. Não funciona com duas pessoas.

#GoGamers