segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Fotomania

Mais um jogo de autor japonês conferido esse ano. Fotomania é um rummy bem legal e com camadinhas estratégicas interessantes.



A lore do jogo é a seguinte: achamos câmeras analógicas no sotão da casa das nossas mães. Daí, resolvemos tirar fotos com rolos de filme pela cidade.



A cidade é feita de cartas no centro da mesa e, a cada rodada, é preciso comprar de uma até três cartas de uma das linhas, colocá-las mais à direita na mão, mudar uma carta de lugar (isso é avançar o filme) e jogar a quantidade de cartas compradas saindo mais à esquerda da mão. Um ponto importante, assim como em jogos como Scout, quando você recebe sua mão, não pode mudar as cartas de lugar.



O restante do game é sobre tentar montar as melhores sequências de cartas crescentes ou decrescentes sempre mantendo três números de diferença entre elas. Cartas que não entram na sequência saem borradas e dão pontos negativos. Por exemplo: 9/7/6/12 - o 12 quebra a sequência e dá pontos negativos.

O jogo ainda tem o evento do pôr do sol que diminui a quantidade de cartas na mão (porque tem menos luz).

Eu achei bem legal. Tem uma perspectiva muito boa de juntar mecânica com tema. Mais um carteado conferido nesse ano que se aproxima do fim. Quantos games diferentes será que vai dar pra conhecer ainda em 2024?

#GoGamers

You laugh, you drink [water]

Só a título de registro, um drinking game meio constrangedor que ninguém riu e ninguém bebeu durante a partida.



#GoGamers

Um pioneiro que se vai

A semana passada faleceu um ícone do mundo lúdico catanduvense: o professor Luiz Roberto Benatti. Ele foi responsável por popularizar o RPG na minha cidade natal de Catanduva. Nos idos de 1992, o Benatti era dono da Livraria Contraponto - que ficava localizada na Galeria de Franchi, no centro da cidade. Foi lá que comprei meus primeiros livros da série Aventuras Fantásticas e depois a clássica Rules Cyclopedia de Dungeons and Dragons (que tenho até hoje). Foi lá, também, que joguei minhas primeiras grandes aventuras medievais mestradas pelo grande amigo Leo. Foi na Contraponto que fiz amigos que mantenho até hoje e que, com certeza, o Bennatti colaborou muito para alimentar meu interesse por desenvolver jogos.

Fazia tempo que não falava com o Benatti, mas ele nunca saiu das minhas boas memórias.

Descanse em paz.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Jungo

Esse é um bom climbing game lançado pela Paper Games no formato pocket. Mais um jogo de autor japonês que conferi em uma última joga na casa do amigo Torselli e que já vou comprar na próxima semana, pois gostei demais.



Em Jungo, cada player recebe uma mão de cartas e, tal qual no Scout, não pode alterar a sequência como as cartas estão dispostas. Com base nisso, é preciso ir jogando fazendo a escalada jogando uma carta, dupla, trinca, quadra etc. sempre maior. Com detalhe: depois que você joga sua sequência e supera do player anterior, você compra as carats dele.



O objetivo é bater a mão com todas as cartas iguais, logo é preciso ver quando é interessante de se livrar de cartas que você tem para pegar novas e colocar todas em um mega combo. Jogamos usando uma regra avançada mais emocionante, mas esse game eu quero muito ter na minha coleção de carteado.

#GoGamers

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

5 Towers

Mais um carteado leve e divertido, com um detalhe: este game infringiu MUITOS direitos autorais de personagens. Tem o Stay Puff, o verme de Duna, os jawas de Star Wars, a Vanellope de Detona Ralph e mais um monte de celebridades do mundo pop "homenageadas" literalmente sem pagar. Tirando esse detalhe, é um bom game de montar sequência de cartas.



Cada jogador deve ir montando cinco diferentes tipos de torres. Com um detalhe: há um leilão no começo de toda rodada onde é preciso dizer quantas cartas das cinco que serão abertas na mesa que você irá comprar.



Uma vez feito isso, quem ganha pega o número de cartas falado e começa a empilhar nas suas torres. Com um detalhe: só é possível empilhar com um número menor sempre. Ou seja, se você jogou uma carta 3, só pode colocar a 2 e a 1 pra formar sua torre. No final, há um multiplicador de x2 para fazer a pontuação final. Cada carta na torre vale um ponto.

É bem simples e legal. Menos as ilustrações que não pagaram direito. Essas são ilegais 😅. =)

#GoGamers.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Zombies & Zilches

O que esse card game tem de feio ele tem de genial. Zombies and Zilches é uma vaza muito legal com uma mecânica muito interessante.



Funciona assim: uma vaza normal, tem que seguir o naipe e "ganha" quem tiver o maior número. Só que ganhar a vaza implica em tomar danos dos zumbis e você tem que evitar isso. Só que aí vem a genialidade do game: as cartas que vão sendo jogadas na vaza acumulam na mesa e atraem outras iguais.

Ou seja: se alguém jogou um 2 vermelho, outra pessoa joga um 4 vermelho e uma terceira pessoa joga um 6 vermelho - tecnicamente - a pessoa com o número mais alto levaria o dano. Só que, se há outras duas cartas 2 na mesa previamente jogadas elas vão para o pool do player que jogou o 2 virando um 6 com mais cartas. Logo, esse jogador levaria os danos.



Eu não botava fé que daria certo. Achei que a mesa ia ficar uma zona. Mas não, funciona visualmente bem. Tem outro detalhe bom, você pode tentar ser o jogador com 18 danos máximos e ganhar o jogo. É uma outra maneira de tentar ir se lascando e faturar a rodada.

É divertido e a temática de zumbis que vão atraindo outros funciona muito bem com a mecânica de vaza.

Já está na coleção de vazinhas!

#GoGamers

sábado, 7 de dezembro de 2024

Cat Poker

Esse aqui é curioso e bem difícil de achar. É tranquilo fazer uma versão caseira, no entanto. 



No jogo há cartas com letras de A até G. Na sua vez, você deve comprar do monte, descartar uma carta na mesa ou comprar do descarte de um outro jogador. Quando uma carta A é jogada, todo mundo passa uma carta da mão para o player da esquerda.



Daí vem quem ganha o jogo: é possível ganhar jogando exatamente algumas combinações de letras. As mais difíceis são com duas cartas porque você precisa ter descartado várias para ficar só com duas na mão (e sempre tem carta A te empurrando o que você não quer).

É simples e mais um game de autor japonês.

Estou gostando de conhecer esses títulos.

#GoGamers

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Zack and Pack

Em Zack and Pack (ou Pack and Stack), os jogadores tentam preencher seus tiles de caminhões da melhor forma possível. Lembrou muito o Ubongo 3D.



Os jogadores começam cada rodada com uma seleção aleatória de mercadorias de diferentes tamanhos, determinada pelo lançamento de vários dados. Em seguida, cada jogador pega um ou dois caminhões da reserva, com a face para baixo (a quantidade depende do número de jogadores). Os caminhões são revelados simultaneamente, e cada jogador tenta fazer uma avaliação rápida para pegar o caminhão que é mais útil para seu estoque de mercadorias.



Os jogadores empilham as mercadorias no espaço de seu caminhão selecionado, definido pelos limites da caçamba e pela restrição de altura indicada no caminhão. Os jogadores recebem pontuações negativas se o caminhão que escolheram for muito grande (muito espaço não utilizado, a 1 ponto por espaço não utilizado) ou muito pequeno (muitas mercadorias não cabem, a 2 pontos por espaço de mercadorias que não cabem).





O jogador que obtiver a menor pontuação negativa em uma rodada ganha 10 pontos. Os jogadores "pagam" pontos por seus valores negativos, e as rodadas continuam até que pelo menos um jogador não tenha mais pontos; o jogador com mais pontos vence.

Eu achei bem divertido. Fazia tempo que não pegava um game de empilhar peças.

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Nanga Parbat

Olha que fazia tempo que eu não jogava um game para dois players tão estratégico e simples. Nanga Parbat é ambientado na segunda montanha mais alta que o Himalaia. Aqui é preciso seguir o guia em 6 áreas diferentes para capturar 6 tipos diferentes de animais - cada um com um poder especial.



Sempre que um jogador captura um animal, revela um número debaixo dele que indica o local que guia vai se movimentar e - consequentemente - o local que o próximo jogador terá que fazer sua ação. Há poderes de animais para burlar esse mecanismo, mas é importante ser estratégico nesse momento para montar o melhor set de meeples de bichos.



É possível pontuar fazendo cadeias de meeples no tabuleiro, coletando sets de animais iguais ou de animais diferentes. O importante é que depois que um dos dois players pontua uma categoria, não é possível pontuar a mesma quantidade de pontos. Ou seja, o game, de certa forma, é um race to the end para conquistar as melhores pontuações.



Partida de 20-30 minutos bem legal e com visual bacana.

Gostei!

#GoGamers

Town 77

Opa! Olha só esse abstrato bacana demais da Oink Games que eu conferi recentemente. Muito simples e muito legal. Existem 7 cores e 7 tipos de desenhos de tiles. A partir de um tile sorteado ao acaso, os players precisam ir se livrando dos 4 tiles que possuem nas mãos; respeitando uma regra: uma linha ou uma coluna NUNCA podem ter uma cor ou uma forma iguais.



E como o objetivo é se livrar dos 4 tiles que você sempre possui nas mãos, é possível depois uma jogada se livrar de um dos tiles. No entanto, isso precisa ser feito com cuidado porque, ao final, vai ganhar quem ficou mais tempo no jogo com depois que alguém se livrou da mão.



É um daqueles games que você tem que saber a hora de parar e ir se livrando da sua mão. É importante projetas as jogadas para a frente aqui. Gostei bastante. Pena que os games da Oink são tão caros.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Lemur

O Lux Nova seguia sendo meu game favorito da linha micro da Paper Gamer, mas ontem eu joguei Lemur e agora tenho um novo top 1. Como todos os games da série, esse aqui também é assinado pelo senhor Reiner Knizia. É um deck de 25 cartas como peças de dominó que possuem números de 1 a 5 e a figura do lêmure.



Cada jogador começa com 5 cartas na mão. Uma carta é aberta na mesa. Na sua vez você deve jogar uma carta em cima da anterior que possua, pelo menos, um valor igual. Se não pode jogar, compra e passa a vez. Se você jogar uma carta com números duplos, de quebra, passa uma carta da sua mão para o jogador da esquerda.



Quando alguém bate a mão, a partida acaba. Então, soma-se os pontos que ficaram na mão dos outros jogadores e anota-se numa folha. Depois de um número pré-acordado de rodadas, quem tiver menos pontos ganha. Ah, sim, a imagem do lêmure tem valor estratégico, pois vale zero quanto vai ser feita a contagem de pontos.

Joguei com a galera da pós-graduação de games que dou aula. O pessoal ficou empolgado e rolaram duas partidas.

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Xadrez. Xadrez em todos os lugares - parte 5

Esta série de posts que mostra imagens de jogos de xadrez em paisagens urbanas pelo mundo teve a parte 1 aqui, a parte 2 aqui, a parte 3 aqui e a parte 4 aqui.

Nesse post temos mais um achado. Dessa vez, na vinícola Cousiño-Macul em Santiago (Chile).



#GoGamers

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Kawarini

No post anterior, falei de Random Card Generator. Neste aqui, vou falar de outro jogo da Flamalama que ganhei do próprio autor: Kawarini.



Esse aqui é um jogo de ninjas bem rápido e que requer habilidades de memória. É um jogo - de 2 a 4 players - no qual você tem que esconder seu ninja nas cartas da mão ou em uma base de até 5 cartas que ficam viradas pra baixo na mesa.



Há cartas de isca, armadilha e o ninja que podem ser baixadas na mesa. Há cartas de ataque, escape e kawarini que ficam na mão. Por sinal, kawarini é tipo um decoy, é um boneco para atrair a atenção do inimigo. Na sua rodada, você pode apontar/atacar uma carta virada na mesa de um oponente. Se for uma armadilha, o efeito é resolvido, se for uma isca nada acontece e - se for o ninja e você jogou uma carta de ataque, é fim de jogo.



Maaaaas, é possível usar a carta de Kawarini para voltar o ninja para a mão e reorganizar sua mesa. No entanto, vai ficando cada vez mais diícil esconder seu personagem. O vídeo a seguir explica certinho as regras:



É divertido e rápido. E, como uma assinatura da Flamalama, é mais um game que pode acabar na primeira rodada.

Minha ludoteca com títulos chilenos está crescendo! Este aqui coloquei junto com o RCG e o Mytos y Leyendas.

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Random Card Generator

Estive em Santiago do Chile na semana passada. Fui para fazer palestras, mas acabei conhecendo jogos chilenos divertidíssimos! Nesse post aqui, vou falar do Random Card Generator, jogo do autor Alexander Lindhorst que fez o game design e ilustrou todo o jogo.



Aliás, a história de como fui apresentado ao jogo é boa: fui tomar uma piscola com meu amigo Ricardo Altmann, um boardgamer confesso. No meio do papo, pergunto sobre o cenário chileno de games analógicos. Ele começa a me contar sobre o selo FLAMALAMA, que está lançando bons produtos nacionais e, de repente, para, pega o celular e começa a ligar pra alguém. Só virou pra mim e falou "Mira que tenemos una oportunidad increible esta noche!". Dali uns minutos, aparece o autor do jogo com uma cópia do Random Card Generator e do Kawarini (que vou falar em outro post). Olha só a cara de alegria! Viajar e ainda ganhar dois games legais!



Mas, vamos falar do game. RCG é um jogo do puro suco de caos. É um jogo (in)justo e (des)balanceado, como diz o manual. O objetivo é sair dando dano para os oponentes e sair matando todo mundo. É um jogo para magoar amigos e estimular vingança.

Na sua rodada você lança cartas nos oponentes tentando dar dado e reduzir a vida deles pra zero. Há cartas de danos, defesas e armadilhas - estas últimas, você coloca na mesa e deixa virada pra baixo até a hora que for conveniente de revelar.



É um jogo com conteúdo de humor que faz paródia com situações clássicas de fantasia medieval. Confesso que gostei da carta "bikini de metal" que é um ícone das capas de livros de Dungeons and Dragons e que nunca ninguém entendeu como funcionava na prática.

Pra quem quiser conhecer mais sobre a editora e sobre o game, clica aqui. Sempre bom saber que editoras estão surgindo e publicando material de qualidade! O vídeo a seguir tem a regra completa:



E pra finalizar, mais uma imagem dessa cidade que eu gosto tanto.



Longa vida para a Flamalama!

#GoGamers

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

AURUM

O ano do carteado não para e temos uma vaza nova na coleção: AURUM que comprei semana passada e joguei hoje. Peguei a versão nacional da Galápagos - que está muito bonita por sinal (o insert dourado é demais). O game tem uma temática de alquimistas buscando o blend ideal de metais para criar ouro, maaaaaaaas, como tantos outros jogos de vaza, é uma skin temática sem grandes propósitos para o gameplay cujo foco é nas cores e números.



AURUM é de 3 a 4 players, mas tem que jogar em 4 (duas duplas). O game faz muito mais sentido na versão de duplas e tem o lance de "ler" o parceiro para fazer jogadas melhores. O game tem cinco naipes com cartas de 1 até 10. A vaza aqui é de "não seguir o naipe", ou seja, se um jogador jogou uma carta vermelha (independente doi número), ninguém mais pode jogar vermelho. Uma das maneiras de uma partida acabar, inclusive, é quando um player não tem cartas de uma cor diferente para colocar na vaza.



O que o game tem de legal é que no início de uma partida, cada jogador de cada dupla vai colocar uma carta na mesa apostando quantas vazas eles irão fazer na partida. Esse número pode mudar, mas é a base para a pontuação. Se a dupla fez um número de vazas menor que o apostado, não marca pontos. Se fez mais pontos que a vaza, faz um número de pontos que é a diferença apostada. Se fez exatamente o número de vazas, dobra esse valor em pontos.

O game ainda tem as cartas douradas que são entregues sempre para quem jogou a menor carta da vaza. Carta dourada é trunfo e é a única carta que pode ser jogada repetida por outro jogador. Carta dourada também serve para trocar o número da aposta por outra carta da mão.

Achei inteligente e interessante. A arte é bem bonita e vem com pepitas de ouro de marcadores de pontos. Mais uma vaza para ludoteca que cresce cada vez mais nesse quesito.

#GoGamers

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Lux Nova

E vamos para uma review da série MICRO da Paper Games. A bola da vez é LUX NOVA, mais um game do Sr. Reiner Knizia que é o nono dessa coleção que está muito bonitinha e divertida.

Tem modo solo e modo para 2-4 players. A temática é sobre montagem de um grande vitral colorido, mas - de verdade - é um game abstrato.



Este game remete aos primórdios do Knizia e suas pontuações baseadas em persistência de combinação de elementos. Se não me falha a memória, no Taj Mahal tem um lance de pontuar como no LUX NOVA. No seu turno, um jogador coloca uma carta no vitral, sempre tendo que encaixá-la sem ser no meio. Daí, é muito simples: cores que deram match, pontuam todas as conexões - menos com a carta que foi jogada. Se você jogar uma carta que encosta na cor amarela e já tem 7 pontos de amarelo na mesa, você pontua 7 pontos. Quando acabam as cartas, acaba a partida e quem marcou mais pontos ganha. É possível fazer pontuações cumulativas bem grandes.



No modo solo você joga tentando marcar o máximo de pontos a cada partida.

Acho que esse foi o game que mais gostei dessa coleção.

#GoGamers

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Tatsu

Olha lá, mais uma vaza aparecendo na timeline aqui do Game Analyticz! Tatsu é mais um carteadinho adquirido para a ludoteca que gostei demais. Vamos para a análise!



Tatsu é uma vaza para jogar de duplas. Tem regras para dois e três players, mas ignorei. O game é para ser jogado em duplas. Quatro players. Fim. Igual Tichu.



O game tem uma temática de que cada dupla de players é ligado a um espírito do dragão. Existe a dupla do espírito preto/vermelho e do espírito branco/amarelo. Tatsu tem só 28 cartas e eu adoro esses minimalismos em componente.



As cartas tem versos pretos e brancos e cada player recebe sete cartinhas no início da partida. A vaza é normal, mas o game tem um lance bem divertido: ao invés de você jogar uma carta da sua mão, você pode pedir para um oponente ou para seu parceiro jogar uma carta da mão dele pra você. Como todo mundo tem cartas das duas cores, um player da tribo preta/vermelha pode pedir para um jogador da tribo inimiga jogar uma carta preta/vermelha da mão na sua área.

Isso é estratégico porque Tatsu envolve um elemento de memória e de contar cartas também. Você pode deduzir que os oponentes tem cartas mais interessantes para jogar e levar a vaza.

A pontuação é feita em cima de pontos das cartas e multiplicadores especiais. Há uns outros detalhes mecânicos, mas a essência é essa.

De cara parece meio aleatório, mas depois da terceira rodada você vai pegando jeito. Obviamente, há a questão de sinergia com o parceiro - se você joga truco, vai entender o que estou falando.

Gostei bastante. Comprei a versão nacional e está muito bonita.

#GoGamers

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Mortes estúpidas

Mortes Estúpidas é um jogo de tabuleiro sobre formas, bem, estúpidas, de como várias pessoas já morreram. Produto party game da COPAG que saiu recentemente e que vem com uma embalagem no formato de caixão. =)



Bom, eu pedi para meus alunos me apresentarem algo que eu nunca tivesse jogado e eles vieram com esse.

Toda carta de pergunta contém uma morte estúpida, porém todo mundo tem que chutar se é verdade ou mentira. Quem acerta, foge do peão da morte, mas se alguém responder errado o peão da morte se chega mais perto. O objetivo é ser o último jogador "vivo" no tabuleiro ou coletar cartas com todas as letras da palavra “MORTE”.

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sábado, 19 de outubro de 2024

Qui-quitanda

Sigo na missão de jogar todos os pocket games da Paper Games e este final de semana comprei o Qui-quitanda para experimentar. Também sigo com 2024 como o ano do carteado. Tirando o Micélio, acho que só comprei/joguei carteadinhos.

Jogo rapidinho que pode ser jogado solo ou em até quatro players, assinado pelo Knizia - como todos os games dessa série.



Qui-quitanda é um party game colaborativo no qual os jogadores vão montando sets de três cartas na mesa tentando, como num jogo da velha, fazer as maiores pontuações. Linha com uma fruta vale 1 ponto, com duas frutas 2 e assim vai. É possível ir jogando carta em cima de carta buscando melhores combinações.



Só não pode uma coisa no game: falar o que você tem na mão. Daí, tem aquele lance de telepatia e feeling para deixar a coisa mais interessante.

Eu gosto desses joguinhos porque estou numa fase de tentar pegar referências de jogos pequenos para futuros projetos. Outra vantagem: eu jogo e depois sorteio na minha aula de game design na PUC.

#GoGamers

terça-feira, 8 de outubro de 2024

ENIGMA DO LABIRINTO

E olha só o que chega nas lojas de brinquedos de todo o Brasil nesse mês de outubro: ENIGMA DO LABIRINTO! O 11º game que desenvolvo junto com a Grow Jogos!



Segue o texto oficial de divulgação do produto: Desvende os caminhos em busca do tesouro! No Enigma do Labirinto, os jogadores embarcam em uma jornada fascinante por um tabuleiro circular atrás de pedras preciosas. Cada explorador deverá enfrentar o desafio de adentrar o labirinto, porém é preciso muito cuidado, pois as paredes mudam de lugar durante a partida. Será preciso contar com uma boa estratégia e um pouco de sorte para conseguir pegar sua pedra preciosa e o diamante no centro do labirinto e escapar em segurança.



O projeto ficou muito legal com o tabuleiro feito de anéis giratórios que permitem fazer uns movimentos bem divertidos para ferrar os amniguinhos na hora de conseguir resgatar as pedras preciosas. Olha a cara de alegria!



E a seguir, um vídeo com as regras:



Se quiser adquirir o seu, clique aqui.

#GoGamers

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Micélio

Esse ano eu não tinha comprado nenhuma caixa grande de boardgame. Estava só nos carteados, focando em games rápidos e com regras simples. No entanto, comecei a ver alguns vídeos sobre o Micélio. Me chamou a atenção a mecânica de tile placement com o controle de área do jogo, fora o fato de que é um dos games mais bonitos que já vi; com um detalhe importante: o game designer J.J. Neville é também o artista do game. Baita talento.





Em Micélio, os jogadores controlam redes de hifas que se juntam para formarem redes miceliais. Estas redes esporulam e fazem surgir cogumelos variados. Basicamente, no jogo você pode fazer duas de seis ações no seu turno:

A) mover seu cogumelo mãe, que permite cortar a rede de hifas de outro jogador e utilizar esporos de outros players;
B) abrir novos tiles, sendo que a cor do tile é o tipo de nutriente para popar cogumelos;
C) comprar uma carta aberta ou uma fechada do mercado de fungos para fazer nascer cogumelos e pontuar;
D) esporular, liberando seus cubinhos pelo tabuleiro rolando um dado que faz o papel do vento e define pra que lado os esporos vão;
E) popar um cogumelo de uma carta;
F) apodrecer um cogumelo que já esporulou duas vezes para liberar um poder especial.



Esta última ação é o que dá, inclusive, o trigger final do game. Quem colocar, no mínimo, uma carta de cogumelo em cima de cada mini tabuleiro, termina o jogo.

=

Apesar da temática de cogumelos, Micélio tem aquela aura de jogo abstrato. Eu gostei muito, inclusive, experimentei o modo solo do jogo e achei bem “terapêutico”.

Agora quero jogar bastante esse game. Depois que “gastar” bem ele, cogito comprar outra caixa grande.

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domingo, 6 de outubro de 2024

ONDA

Finalmente joguei o ONDA do Arthur Lacerda publicado pela Samba Estudios do amigo Fel Barros. Não consegui testar no DOFF desse ano, mas estou ansioso pelo reprint para adquirir uma cópia.



É um jogo de escalada bem legal onde os jogadores usam cartas de suas mãos para compor formações de onda superiores à de seus oponentes de acordo com a maré atual. O objetivo é ser o primeiro a jogar todas as cartas da mão ou tentar ficar com o menor número de cartas possível, já que os jogadores perdem pontos pelas cartas de sua mão. No fim do jogo, quem tiver mais pontos é o vencedor.



Tem alguns mecanismos bem interessantes como, por exemplo, separar duas cartas da mão como poderes especiais: uma de coringa e outra de inverter valores da escalada.

Sucesso para a Samba! Imagens da página do game da Ludopedia.

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